São Paulo - As vendas de imóveis
usados cresceram 1,91% na capital paulista em setembro ante agosto, com a
venda de 246 imóveis, conforme pesquisa do Conselho Regional de Corretores de
Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Em agosto, as vendas de imóveis
usados caíram 14,47% ante julho. No levantamento foram consultadas 448
imobiliárias. Em setembro, os imóveis mais vendidos foram os de valor
superior a R$ 200 mil, com 57,08% do total negociado. A maior parte das
vendas foi por financiamento bancário (53,72% do total), seguido da venda à
vista (42,56%), parcelada pelos proprietários (2,48%) e por consórcio
imobiliário (1,24%).
A pesquisa apurou que a média geral
de preços dos imóveis usados subiu 6,6% em relação à média de agosto. No
acumulado do ano, entretanto, o valor médio dos usados vê queda de 2,51%,
para a inflação de 7,31% medida pelo IBGE. Na locação residencial o clima de
"ressaca" pós-férias prevaleceu, de acordo com o levantamento do
Creci-SP. O índice de locação caiu 15,32% em setembro, após recuar 4,89% em
agosto, com 879 imóveis sendo alugados. Em julho, lembra a entidade, o número
de casas e apartamentos alugados cresceu 40,6% em relação ao mês anterior. Ao
mesmo tempo, a média geral dos aluguéis novos subiu 5,03% em setembro ante
agosto.
No período, as casas foram as
preferidas dos novos inquilinos, representando 53,36% do total. A maior parte
das locações teve o fiador como garantidor do contrato (47,12%), seguido do
depósito de três meses do valor do aluguel (28,8%), do seguro-fiança (22,35%),
da caução de imóveis (1,15%), da locação sem garantia (0,46%) e da cessão
fiduciária (0,12%). Os imóveis com aluguel mensal de até R$ 1.000,00
concentraram 59,17% do total de novos contratos. Já o número de imóveis
devolvidos às imobiliárias por inquilinos diminuiu 11,81% no comparativo mês
a mês. As imobiliárias receberam em setembro as chaves de 566 casas e
apartamentos, o equivalente a 64,39% do total de novas locações.
A inadimplência dos inquilinos também
foi menor em setembro, recuando de 4,36% para 4,07%. Em nota, o presidente do
Creci-SP, José Augusto Viana Neto, avalia que, neste final de ano, a
expectativa é de crescimento mais acelerado nos mercados de venda e locação,
impulsionado pelo 13º salário, pelas férias e pelos abonos recebidos por consumidores.
O dirigente reconhece ainda que não é possível ignorar a crise europeia e
seus efeitos já visíveis sobre a economia brasileira. "O governo vem
baixando os juros, mas o peso deles ainda torna caras as prestações dos
financiamentos para a maioria das famílias", acrescenta Viana Neto.
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VENDA DE USADOS CRESCE 1,91% EM SETEMBRO, ESTIMA O CRECI-SP
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