O setor imobiliário no ABC registrou forte expansão no ano passado. A venda deimóveis cresceu 8% em 2011, em relação ao ano anterior. O ritmo acelerado de expansão do setor imobiliário deve continuar na região em 2012. A previsão é do presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, que acredita que a demanda por habitação se manterá aquecida neste ano.
Em entrevista exclusiva ao RD, Milton Bigucci demonstrou otimismo. "Desde 2007 o mercado de imóveis no ABC está muito forte. Só teve uma pequena diminuição em função daquela crise internacional. Os números que temos de 2007 a 2010 são ótimos", revela Bigucci. Durante este período foram vendidas cerca de 8 mil unidades no ABC.
Na visão de Bigucci, o boom imobiliário que ocorre na região e em todo o País não tem data para acabar, apesar de alguns especialistas temerem que a alta da demanda - e dos preços - não vai durar para sempre.
"O preço do imóvel não vai abaixar nunca. Você acha que um dono de terreno vai abaixar o preço do terreno? O trabalhador da construção civil que agora se acostumou a ganhar bem vai abaixar o salário? Não tem mais volta, isso é progresso, é desenvolvimento", afirma o empresário. O mercado aquecido reflete no bom desempenho das construtoras que atuam no ABC, entre elas a Construtora MBigucci, presidida por Milton Bigucci. Em 2011, a empresa bateu todos os recordes de vendas. O desempenho deve ser ainda melhor neste ano.
"Esperamos lançar praticamente o dobro do que foi lançado em 2011. Um volume muito maior do que aquilo que nós já temos no mercado. Já temos os terrenos e os projetos aprovados para poder fazer os lançamentos", projeta o dirigente da construtora, que tem 65% dos imóveis comercializados no ABC, 30% estão localizados na cidade de São Paulo e 5% no Interior.
Mão de obra é o desafio
Na entrevista concedida ao RD, Milton Bigucci falou sobre os desafios enfrentados pelo setor imobiliário da região. Um dos problemas é que as construtoras estão se deparando com falta de mão de obra. "O empregado não estava preparado para enfrentar esse desenvolvimento que aconteceu nos últimos quatro anos. Não existia gente suficiente, de qualidade, para enfrentar isso. Hoje temos essa preocupação: conseguir mão-de-obra", avalia.
Outro desafio é se adaptar às mudanças que estão sendo adotadas por algumas cidades da região, com o objetivo de limitar a verticalização. Cidades como São Bernardo e São Caetano, por exemplo, adotaram a ferramenta da outorga onerosa - o construtor é obrigado a pagar um valor para a prefeitura caso o edifício passe de uma altura pré-determinada pela Prefeitura.
"O grande problema é que só se olham os grandes prédios. O foco deveria ser direcionado para os meios de transporte, para as vias públicas", acredita Bigucci. "A habitação é uma necessidade básica do cidadão, mais importante que o carro. Parece que se visualiza sempre muitos prédios estão sendo feitos", completa.
Secovi
O empresário Milton Bigucci foi reeleito no mês passado para novo mandato na diretoria do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), no biênio 2012/2014.
"Vamos continuar lutando para que todo esse segmento registre crescimento, que tenha um valor cada vez maior. Não precisa mudar muita coisa. O setor se presta a fazer habitação e emprego. Não tem utopia no meio, só tem coisa concreta", afirma o representante do sindicato na região.
"Vamos continuar lutando para que todo esse segmento registre crescimento, que tenha um valor cada vez maior. Não precisa mudar muita coisa. O setor se presta a fazer habitação e emprego. Não tem utopia no meio, só tem coisa concreta", afirma o representante do sindicato na região.
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