Expansão da cidade faz regiões próximas a estradas ganharem cada vez mais empreendimentos residenciais
Parque Prado, região do shopping Iguatemi e Mansões Santo Antônio são locais que concentram expansão
Com a saturação das áreas centrais, os lançamentos de imóveis residenciais de Campinas têm se concentrado em bairros próximos às rodovias.
Os empreendimentos crescem às margens das estradas que passam pela cidade paulista, um dos principais municípios do Estado.
Anhanguera e Bandeirantes, entre outras estradas, ligam a cidade à capital, que fica a 93 km, além de conectarem o município com outros da região metropolitana.
"Campinas cresceu e passou pelas rodovias, que viraram 'avenidas' da cidade", diz Rodrigo Coelho, diretor de compra e venda do Secovi-SP da região, sindicato que representa as construtoras.
O aumento do trânsito também foi um dos fatores que contribuíram para a tendência. "As pessoas querem facilidade, chegar mais rapidamente ao trabalho."
A geografia local permite em muitos casos que o morador vá de um ponto a outro da cidade sem entrar em Campinas. "Por mais que o trecho seja maior em quilômetros, o tempo é mais curto", diz o supervisor comercial Felipe José Vendrame, 31.
Ele comprou um terreno e começa, em dois meses, a construir uma casa no Swiss Park, um bairro planejado. O endereço: rodovia Anhanguera, km 90. "Há toda a infraestrutura de que preciso, de supermercado a padaria."
Sergio Gerin Filho, sócio-proprietário da Criar Soluções Imobiliárias, vende terrenos no Swiss Park. Segundo ele, desde 2006 foram entregues 13 áreas residenciais. Outras quatro serão lançadas, uma delas daqui a um mês. "O terreno tem 5 milhões de m². Há muito espaço para crescimento", diz.
Outros locais próximos às rodovias que têm crescido são o Parque Prado, a região do shopping Iguatemi e Mansões Santo Antônio (veja quadro acima).
MACROZONAS
Um dos empecilhos para o desenvolvimento de novas regiões é a incerteza sobre as macrozonas da cidade, nove áreas criadas após revisão do Plano Diretor.
Cada uma delas tem ao menos um plano local de gestão. "O processo está em discussão na Câmara e, enquanto não houver definições, fica difícil expandir", diz Silvio Chaimovitz, presidente da ACS Incorporadora.
"É arriscado comprar terreno em locais que hoje têm certas características e que, com a revisão, podem inviabilizar um empreendimento no futuro", acrescenta.
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