Primeiro passo é avaliar a infraestrutura do prédio; região deve oferecer serviços básicos
Dono de empresas de atendimento ao público, como cafés e lojas, deve observar concorrência ao redor
Além de avaliar o aluguel ou o preço de venda do imóvel, o empresário deve analisar com cuidado outras características do local em que pretende se instalar.
Salas menores, alvo de pequenos empreendedores, ganham cada vez mais destaque entre os lançamentos na capital. E a grande oferta pesa a favor do futuro inquilino ou comprador, principalmente na negociação de valores.
"O ponto de partida deve ser a análise da infraestrutura do prédio, como a rede de telefonia e de internet, e da segurança", diz Gustavo Carrer, consultor de marketing do Sebrae-SP.
"Além disso, a região deve oferecer os serviços de conveniência básicos, como bancos, correios e restaurantes, para que o profissional não precise se deslocar."
Optar por um endereço considerado mais nobre, que abriga escritórios de companhias de grande porte -como Vila Olímpia (zona oeste) e Chácara Santo Antônio (zona sul)- pode não ser o passo mais acertado.
"Para o pequeno empreendedor, estar em endereços que denotam sofisticação é secundário, diferentemente do que ocorre com grandes empresas", diz Carrer.
Fora de grandes centros comerciais paulistanos como as avenidas Faria Lima, Berrini e Paulista, regiões como a Vila Mariana e Campo Belo (zona sul) entram no foco de incorporadoras para lançamentos de salas comerciais.
Mas a região da Barra Funda (zona oeste) segue no radar, diz Mirella Parpinelle, da imobiliária Lopes.
"O bairro está ligado às marginais, que se conectam às principais rodovias. É um local que teve muitos lançamentos residenciais recentemente e que agora tem uma demanda por novos prédios comerciais."
PARA O PÚBLICO
Para pequenos negócios com foco no atendimento ao público -como um salão de beleza, um café ou uma loja de roupas-, deve-se observar a taxa de ocupação do prédio e a movimentação de pessoas no entorno, ressalta Carrer, do Sebrae-SP.
"Também é necessário estudar a concorrência. Não é indicado haver um negócio similar em um raio de 10 minutos [caminhando], que é como o consumidor costuma medir as distâncias."
Para o pequeno investidor, que compra salas menores para revender ou alugar, um projeto com pacote de serviços para o futuro ocupante do imóvel é uma boa alternativa, diz Parpinelle, da Lopes.
Muitos novos empreendimentos oferecem os chamados pacotes "pay-per-use", em que o condômino pode contratar serviços, como de motoboy ou pequenos consertos, sem sair do escritório.
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