Associação de construtoras afirma que Jundiaí reagiu bem à queda de financiamentos registrada no país.
O mercado imobiliário de Jundiaí, com previsão de 4 mil unidades lançadas ao longo de 2012, estabilizou-se antes da queda de 9,4% dos financiamentos habitacionais do país divulgada no balanço semestral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sobre o mesmo período do ano passado. "Houve um boom de preços tanto de terrenos quanto de imóveis nos últimos anos. E esse movimento é positivo porque afasta o risco de uma bolha econômica", afirma o empresário Antonio Carlos Pelegrini, presidente da Proempi (Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região).
Esse cenário estável, avalia, deve prosseguir pelo menos até 2013 em razão do grande número de projetos aprovados na administração municipal antes das recentes mudanças do Plano Diretor que limitaram a altura de novos prédios a 12 andares. "Como muitos já estavam aprovados ou em andamento, a cena é forte. Já novos projetos, que vão exigir outorga onerosa se passarem desse limite, ainda não são conhecidos", diz.
Novo teto/ O mercado também avalia bem o aumento do teto de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, para R$ 130 mil nas sete cidades da AUJ (Aglomeração Urbana de Jundiaí), teto que antes valia apenas para a cidade-sede.
A mudança deve ter reflexos regionais e foi tema da palestra do presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Cláudio Bernardes, sobre "planejamento megalopolitano" no último dia 12 no Encontro Secovi em Jundiaí.
Com dados de pesquisas internas, a Proempi avalia que 50% das unidades são adquiridas por moradores da própria cidade ou região. "Isso tem fortalecido as construtoras locais, que, inclusive, assumiram obras de incorporadoras de fora. A economia vai bem, então mesmo com muitas unidades ainda disponíveis o mercado deve continuar estável", diz.
Parceiro discute a relação com a mobilidade em SP
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação), representado em Jundiaí pela Proempi, está ampliando os limites de sua discussão e traz no dia 17 a São Paulo o diretor de Desenho Urbano da prefeitura de Nova York, Alexandros Washburn, para falar sobre verticalização e mobilidade como desafios do crescimento urbano.
A palestra, exclusiva para o setor, vai ter no mesmo dia o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em palestra sobre os rumos da economia brasileira e a indústria imobiliária.
O evento é da vice-presidência de incorporação e terrenos urbanos do Secovi e vai ocorrer na sede da Vila Mariana, na capital.
O maior ciclo de eventos, como em Jundiaí, acontece em setembro. A partir do dia 11 daquele mês acontecem a convenção do sindicato, o Fórum Urbanístico Internacional, a Real Estate Showcase e outras iniciativas.
Feira e síndicos estão nos planos da Proempi
A entidade setorial está atualmente visando dois eventos neste semestre. Em setembro, realiza palestra na Feiccad (Feira do Imóvel e Construção) e, em outubro, promove evento focado no Dia do Síndico, um tipo de gestor que cresce com a quantidade de novos condomínios fechados.
Juros ajudam títulos do setor imobiliário
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), a queda nos juros fez os certificados imobiliários negociados em bolsa passarem de R$ 9 milhões em maio para R$ 32,4 milhões em junho.
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