Quem contratar um financiamento pela Caixa Econômica Federal
poderá incluir no financiamento despesas referentes a cartório e
impostos.
Quem contratar um financiamento da Caixa Econômica Federal a
partir de dezembro poderá incluir, no empréstimo, recursos para pagar
despesas de cartório e o Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis
(ITBI). O banco disponibilizará como crédito até 4% do total do
financiamento. A quantia será diluída nas parcelas do contrato.
Os juros e as condições gerais serão os mesmos do empréstimo principal. O
serviço será oferecido apenas a quem financiar o imóvel. Não será
possível, por exemplo, pedir dinheiro apenas para o gasto com tributo e
registro, cujos valores variam de acordo com o município, o padrão e o
preço do imóvel.
Para Carlos Fernando Brasil Chaves, representante da Associação dos
Notários e Registradores do Estado de São Paulo e 7º tabelião de notas
de Campinas (interior de São Paulo), a medida para estimular a
regularização dos imóveis.
"Muitos deixam de fazer a escritura pública por falta de dinheiro e não
veem que é ela que dá segurança jurídica às partes. Com o financiamento,
o cidadão terá um acesso mais rápido à segurança jurídica dada pela
escritura pública", diz Chaves.
A designer de interiores Tatiane Lima, 26 anos, financiou pela Caixa
Econômica um imóvel em Guarulhos (região metropolitana de São Paulo).
Desembolsou mais de R$ 2 mil com taxas de cartório, e diz que, se
tivesse a possibilidade de ter diluído o valor no financiamento, não
pensaria duas vezes.
"São muitos gastos extras e nem sempre estamos preparados, porque sinto
que falta informação por parte dos corretores. Poder embutir o valor no
financiamento seria um grande alívio", comenta.