Pedir para o vizinho recolher correspondências e acender as luzes à noite podem afugentar os ladrões
Com a chegada das férias escolares e a proximidade das festas de final de ano, muitas famílias aproveitam para viajar e descansar. Acaba sendo inevitável deixar a casa sozinha nesse período, aumentando o risco de arrombamentos e furtos.
Como todo imóvel vazio é chamariz para os bandidos, o DIÁRIO traz algumas dicas simples para evitar contratempos e dor de cabeça nas férias. É claro que isso não é nenhuma garantia, mas ajuda a prevenir a ação de marginais.
A primeira é, quando o bolso permitir, instalar alarmes e câmeras de monitoramento remoto por meio de empresas especializadas em segurança. Há também cuidados básicos, segundo a Polícia Militar de São Paulo. A instituição mantém em seu site (www.polmil.sp.gov.br) uma seção com orientações gerais de segurança.
Algumas podem ser consideradas até infantis, como fechar cuidadosamente portas, janelas e portões, mas há também dicas importante que nem sempre percebemos a importância. “Trancar as portas internas, por exemplo, dificulta o acesso de ladrões a áreas da residência onde há objetos de maior valor. Desligar a campainha despista quem está de olho na residência”, afirma o capitão da Polícia Militar Cleodato Moisés do Nascimento.
Luzes acesas: Outra dica valiosa é evitar que os criminosos percebam que a casa ou o imóvel está sem ninguém. “Não deixe as luzes acesas durante o dia porque isso indica que não há pessoas em casa. Peça para um vizinho ou um amigo recolher os jornais e a correspondência diariamente”, recomenda Carlos Progianti, presidente da Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança).
Para quem pode gastar, existem no mercado equipamentos que acendem as lâmpadas automaticamente quando escurece. Há outros, com temporizador, que ligam e desligam aparelhos domésticos, como TVs, em determinados horários. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do estado de São Paulo orienta as famílias a informarem um telefone de contato e sua localização a alguém de confiança que verifique o imóvel regularmente.
A PM recomenda que ninguém entre na residência caso ela tenha sido arrombada.
Instalar alarme na casa custa a partir de R$ 1 mil
Segundo Carlos Progianti, presidente da Abese, a instalação de um alarme residencial básico custa hoje a partir de R$ 1 mil.
Para monitorar o imóvel à distância, caso o alarme dispare, é preciso gastar cerca de R$ 100 mensais, no mínimo.
“Há um sistema que usa a rede de telefonia para conectar os sensores na casa a uma central de monitoramento remoto, que pode identificar o local exato da residência onde o alarme disparou. Uma equipe é enviada ao local para verificar a situação e, caso confirme o arrombamento, chama a polícia em seguida”, diz.
A segurança é ampliada com câmeras de segurança e sistema infravermelho capaz de captar imagens no escuro. “Um kit de quatro câmeras sai por volta de R$ 4 mil , o que inclui um gravador que guarda todas as imagens. O cliente pode acessá-las pela internet”, afirma.
710 mil prédios são monitorados nesta segunda
De acordo com a Abese, cerca de 88% dos equipamentos de segurança no Brasil são instalados em empresas e órgãos públicos. Há aproximadamente 710 mil imóveis monitorados em todo o território nacional, sendo que 26% de todo o mercado de sistemas de segurança correspondem a instalação de alarmes.
Mercado de segurança fatura quase R$ 4 bi
Segundo a mesma associação, nos últimos cinco anos o mercado de segurança eletrônica teve crescimento médio de 11% e pode fechar 2012 com alta de 15% em relação ao desempenho do ano anterior, quando o setor acumulou faturamento de US$ 1,830 bilhão (cerca de R$ 3,8 bilhões). O Sudeste corresponde a 51% desse mercado.