Há 30 anos, muitos prédios residenciais não tinham sequer guaritas, posteriormente já não se construía um edifício sem o lugar do porteiro. Depois esses abrigos passaram a ser elevados e hoje, muitos condomínios oferecem guaritas com vidros blindados. De acordo com Marcela Cavalcante, coordenadora de produtos do grupo Marquise, hoje, todos os segmentos demandam itens de segurança.
“Isso já virou obrigatório e agrega valor ao imóvel, podendo ser decisivo na hora da compra”. Mas os empreendimentos de padrões mais elevados demandam itens diferenciados, ela diz. Como elevadores codificados, que restringem o acesso a pavimentos pré-determinados, e eclusas para veículos, para evitar que bandidos entrem na garagem junto com um morador.
As eclusas são compostas por dois portões, de modo que o segundo só é aberto após o porteiro conferir se o morador está em segurança. “O controle de acesso, tanto para pedestres como para veículos já uma tendência em Fortaleza, nos condomínios classe A”, diz Cavalcante. “Nos novos empreendimentos a gente entrega todo o sistema de infraestrutura”, ela diz.
Além das cercas elétricas e circuitos de monitoramento interno, elementos comuns em praticamente todos os tipos de condomínios, os empreendimentos de alto padrão em Fortaleza contam com itens como: sistemas biométricos (como os dos caixas eletrônicos) para acesso de funcionários e fornecedores cadastrados; segurança armada na portaria e no entorno do prédio, em carros, motos e bicicleta; câmeras com visão noturna; e seguranças com cães na calçada.
No lugar do lazer
“Esses são alguns fatores que estão se tornando comuns”, diz o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer. Segundo ele, há cerca de dez anos, 80% das atenções dos condôminos eram voltadas para a limpeza e manutenção do condomínio, “e depois vinha a segurança”. Hoje, ele diz, a maior preocupação dos moradores refere-se à segurança. Scherer estima que 90% das pessoas que saem de uma residência isolada para morar em um condomínio, o fazem por causa da segurança.
“Reconheço que a preocupação com a segurança aumentou, mas não se define a compra (de um imóvel) por isso. Já o preço do condomínio, no qual estão incorporados todos esses custos, sim. Isso ainda é definidor na hora da compra”, diz Sérgio Porto, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis do Ceará (Secovi). (Colaborou Marcelo Andrade)
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