VIOLÊNCIA IMPACTA MERCADO IMOBILIÁRIO


Não é de hoje que a preocupação com segurança é um dos fatores determinantes na hora de comprar ou alugar um imóvel. Em Fortaleza, há cerca de 30 anos muitas pessoas deixaram suas casas para morar em condomínios de apartamentos em busca, sobretudo, de segurança. De dez anos para cá, empreendimentos comerciais e residenciais vêm adotando os mais variados e modernos itens de segurança. A figura do antigo vigia, por exemplo, foi substituída por profissionais armados, treinados para lidar com situações de risco. E tudo isso reflete no custo do empreendimento e, principalmente, no valor do condomínio.

Há 30 anos, muitos prédios residenciais não tinham sequer guaritas, posteriormente já não se construía um edifício sem o lugar do porteiro. Depois esses abrigos passaram a ser elevados e hoje, muitos condomínios oferecem guaritas com vidros blindados. De acordo com Marcela Cavalcante, coordenadora de produtos do grupo Marquise, hoje, todos os segmentos demandam itens de segurança.


“Isso já virou obrigatório e agrega valor ao imóvel, podendo ser decisivo na hora da compra”. Mas os empreendimentos de padrões mais elevados demandam itens diferenciados, ela diz. Como elevadores codificados, que restringem o acesso a pavimentos pré-determinados, e eclusas para veículos, para evitar que bandidos entrem na garagem junto com um morador.
As eclusas são compostas por dois portões, de modo que o segundo só é aberto após o porteiro conferir se o morador está em segurança. “O controle de acesso, tanto para pedestres como para veículos já uma tendência em Fortaleza, nos condomínios classe A”, diz Cavalcante. “Nos novos empreendimentos a gente entrega todo o sistema de infraestrutura”, ela diz.


Além das cercas elétricas e circuitos de monitoramento interno, elementos comuns em praticamente todos os tipos de condomínios, os empreendimentos de alto padrão em Fortaleza contam com itens como: sistemas biométricos (como os dos caixas eletrônicos) para acesso de funcionários e fornecedores cadastrados; segurança armada na portaria e no entorno do prédio, em carros, motos e bicicleta; câmeras com visão noturna; e seguranças com cães na calçada.
No lugar do lazer

“Esses são alguns fatores que estão se tornando comuns”, diz o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer. Segundo ele, há cerca de dez anos, 80% das atenções dos condôminos eram voltadas para a limpeza e manutenção do condomínio, “e depois vinha a segurança”. Hoje, ele diz, a maior preocupação dos moradores refere-se à segurança. Scherer estima que 90% das pessoas que saem de uma residência isolada para morar em um condomínio, o fazem por causa da segurança.


“Reconheço que a preocupação com a segurança aumentou, mas não se define a compra (de um imóvel) por isso. Já o preço do condomínio, no qual estão incorporados todos esses custos, sim. Isso ainda é definidor na hora da compra”, diz Sérgio Porto, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis do Ceará (Secovi). (Colaborou Marcelo Andrade)


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