Para ele, não há alternativas que tornem o valor da propriedade muito superior, sobretudo por conta do valor do metro quadrado indicar qual é o preço de mercado aproximadamente. "A preocupação (do vendedor) é de não desvalorizar o imóvel, e não de valorizá-lo, porque o preço do metro quadrado é o mesmo", afirmou Viana.
Reforma
Uma das questões presentes na negociação são as condições do imóvel e a necessidade de se realizar reformas, que podem ser estruturais, como um problema de tubulação, ou de acabamento, como a recolocação de azulejos, por exemplo. O vendedor deve pensar duas vezes antes de ele próprio executar o reparo, porque o serviço pode não ficar de acordo com o que o futuro comprador deseja, e isso pode atrapalhar a negociação. "Qualquer reforma é jogar dinheiro fora. Vale dar o desconto. O azulejo que você colocou pode não agradar. Se ele (comprador) vê que pode colocar o azulejo que quiser, e ainda está recebendo um desconto por isso, fica mais fácil", disse Viana.
Além disso, não há reforma que justifique uma valorização da propriedade. É como um veículo que será negociado. Por mais que o vendedor tenha equipado o automóvel, por exemplo, com um aparelho de som com um preço muito superior ao que o veículo oferecia quando saiu da fábrica, seu valor de mercado será igual ao de outro carro nas mesmas condições, e que não tenha o mesmo equipamento.
Horário e limpeza
Por outro lado, vale a pena o vendedor se atentar a detalhes menores, de aparência, na hora de apresentar o imóvel à pessoa interessada. Algumas situações e condições podem gerar uma má impressão ao comprador e dificultar ainda mais a negociação. Escolher o melhor horário de iluminação para apresentar o imóvel e mantê-lo sempre limpo e arejado são sugestões. O presidente do Creci-SP lembra ainda que o cuidado deve ser maior quando o proprietário ainda reside na propriedade que deseja negociar. "Nunca fazer a visita na hora da refeição. Pode gerar uma má impressão por causa de um cheiro de fritura, por exemplo. Ou por conta de um cachorro que fique latindo", lembrou.
Desconto
Em relação ao desconto na hora da venda, existe no mercado a prática de o vendedor elevar o valor que deseja, apenas para dar um desconto. No entanto, em vez de auxiliar na negociação, a estratégia pode ser um fator que desestimule o possível comprador de conhecer o imóvel. Segundo Viana, na maioria das negociações, que não envolve investidores, o preço não é o principal, mas sim a necessidade de concretizar a compra para adquirir outra propriedade que se adeque mais às necessidades do proprietário.
Neste caso, desde que esteja dentro do planejamento do vendedor, o desconto pode acelerar o processo de negociação e ser bom para as duas partes. "Às vezes eu não faço um desconto de 5%, e vou deixar de vender o imóvel por seis meses. Vale a pena fazer o desconto e tocar para frente", concluiu o presidente Creci-SP.
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