Estudo realizado pelo Núcleo de Real Estate- Poli/USP aponta que o mesmo imóvel entre 2005 e 2011 ficou 74% mais caro.
Um dos pontos enfatizados é que a situação de bolha imobiliária ocorrida nos Estados Unidos não serve de parâmetro para analisar a situação brasileira.
“No mercado brasileiro, as pessoas precisam pagar, no mínimo, entre 20% e 40% do valor do imóvel para obter um financiamento. Se o comprador aqui não tem dinheiro para pagar, não adianta o vendedor aumentar o preço. Já nos Estados Unidos era mais fácil aumentar o preço acima da capacidade de pagamento das pessoas, pois o financiamento podia ser de 99%, até de 100% do preço do imóvel”, explica Rocha Lima, em reportagem veiculada no portal Exame.
Os dados também apontam que, para verificar se a alta dos preços é de fato excessiva, é preciso descontar a inflação. “O que se convenciona chamar de preço justo é aquele preço que cobre os custos de produção e possibilita uma margem de lucro ao produtor que compense o risco de ele investir naquele mercado. Se o empreendedor verificar que há mais demanda que oferta, ele pode querer praticar um preço acima do justo e cobrar bem mais. Mas ele vai esbarrar na capacidade de pagamento das pessoas”, diz o professor.
A tendência é que a classe média opte por morar em bairros cada vez mais periféricos, ao mesmo tempo em que os bairros mais centrais ganham imóveis compactos ou voltados para público com renda mais alta.
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