A vida em condomínio, cada vez mais comum nas cidades, gera muitos conflitos e custos que poderiam ser amenizados ou até extintos se os projetos fossem pensados principalmente na sua operação. Muitos empreendimentos contam com inúmeros atributos e facilidades que ajudam a vender o projeto, mas que, por vezes, tornam-se verdadeiros elefantes brancos que consomem parte significativa da arrecadação condominial.
Em contrapartida, atributos que deveriam ser valorizados, como medição individualizada de consumo e reuso de água (de suma importância para o momento que atravessamos hoje em São Paulo), raramente são planejados nos empreendimentos residenciais.
Sem falar da eficiência de projeto, como, por exemplo, o posicionamento da portaria (entrada e saída de pedestres, veículos e encomendas), circulação de serviços (armazenamento, separação e retirada de lixo), que podem economizar alguns postos de trabalho. E não para por aí. Os atributos de projeto deveriam adentrar nas unidades para evitar, sempre que possível, o quebra-quebra pós entrega das chaves ou esporadicamente quando a unidade ganha um novo proprietário.
Soluções de engenharia e arquitetura não faltam. Resta aos projetistas e empreendedores entenderem que o imóvel além de patrimônio, também é um ativo cujo proprietário está cada vez mais atento quanto ao seu desempenho e custos operacionais (manutenções, contas públicas e condomínio), seja para morar, seja para alugar.
Por: Leandro Jubilato – Arquiteto-urbanista formado na FAU-USP (1998) e é pós-graduado pela Poli-USP (2008). Atuou por dez anos nas áreas de obras e infraestrutura, plano diretor e planejamento estratégico na indústria automobilística. Em 2007 migrou para a área de consultoria onde desde 2009 é sócio-diretor da IXR Property Advisory, atuando nas áreas de Real Estate e Facilities Management.
Fonte: Corretor Destaque
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