INCORPORADORA PDG DECIDE UNIFICAR MARCAS DAS EMPRESAS DO GRUPO

CONSTRUÇÃO
A maior incorporadora em valor de mercado da América Latina e uma das maiores do mundo, a PDG, decidiu unificar as marcas das empresas do grupo. A partir de agora, a CHL, Goldfarb, Agre e Asa passam a responder como PDG, com discurso unificado, que tem como objetivo aumentar a visibilidade nacional, expandir o contato com os diferentes públicos de interesse e consolidar a empresa como a primeira opção do mercado de construção civil para compra e investimento de imóveis. A incorporadora anunciou a integração ontem na coletiva de imprensa realizada no Metropolitan Tower. A empresa está presente em mais de 100 cidades, atua em todos os segmentos, do alto luxo ao econômico, e já entregou cerca de 65 mil unidades.

A decisão foi tomada ano passado após um estudo profundo de branding realizado pela Ana Couto Branding & Design. A gerente de marketing da holding, Patrícia Cotton, afirma que a integração trará vários pontos altos. "Vai facilitar o entendimento do consumidor e haverá um ganho de escala na comunicação. Queremos ter uma marca forte, com credibilidade e transparência. Temos muita audácia, queremos ser a primeira opção de marca para qualquer consumidor que queira comprar ou investir em imóveis", disse.
Todas as operações serão preservadas e comandadas pelo CEO, Zeca Grabowsky, que afirma que a empresa terá uma imagem única e otimizará os investimentos em campanhas publicitárias, que agora terão a mesma identidade e proporcionarão maior reconhecimento da marca. "A comunicação será mais eficiente e a PDG se firmará em todo o território nacional, potencializando seus resultados. Daremos a correta percepção de tamanho da companhia. Somos todos PDG. Todas as campanhas publicitárias seguirão uma única linha de comunicação, diferente dos anúncios de lançamentos já existentes", ressalta.

A mudança será gradual e começará pelas campanhas publicitárias de produtos e pelo novo portal www.pdg.com.br. O novo logotipo tem como base o quadrado, onde foi inserido três cores: roxo, cinza e amarelo, que serão usadas de acordo com perfil de cada empreendimento. O estudo criou usos diferenciados e mensagens específicas para os diversos públicos. "Vamos fazer uma comunicação mais direta e reta. Nossa relação é transparente e nossa marca é sóbria, racional e confiável", afirmou o staff regional Luiz Sérgio Araújo.

A PDG nasceu em 2003 como uma área de investimentos no ramo imobiliário dentro do banco Pactual. Em 2006, tornou-se uma unidade de negócio independente. Com a abertura de capital em janeiro de 2007, a empresa iniciou o crescimento rumo ao topo do mercado: adquiriu a Goldfarb, focada no segmento econômico; a CHL, líder do Rio de Janeiro; em 2010, a AGRE, com capilaridade expressiva e forte presença em São Paulo, Norte e Nordeste; e, também em 2010, a LN, com quem já atuava em parceria no Paraná e Santa Catarina.

CONSTRUTORAS INSTALAM SALAS DE AULA NOS CANTEIROS DE OBRA


Os trabalhadores da construção civil de São José dos Campos estão recebendo aulas de alfabetização dentro do canteiro de obras.
A iniciativa é uma parceria do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) e do Sesi (Serviço social da Indústria) e visa oferecer aos trabalhadores da construção civil a oportunidade de estudar até a 4ª série do Ensino Fundamental, dando as noções básicas de educação necessárias para prosseguirem com os estudos da 5ª série em diante.

Em São José, sete construtoras aderiram ao projeto e uma já iniciou as aulas, que são dadas por professores indicados pelo Sesi, em três dias da semana, e em local adequado dentro do canteiro de obras.

O ajudante de carpinteiro, João Osvaldo Almeida, de 23 anos, disse que sabe ler por que foi ensinado pelo pai, mas que não chegou frequentar a escola. "Eu morava em um sítio em São Gonçalo do Amarante (RN) e não tinha tempo para estudar, meu pai que ensinava tudo pra gente", disse ele, que veio para São José dos Campos em 2007, em busca de emprego na cidade.
"Agora quero conseguir o diploma para poder subir na empresa e melhorar cada dia mais", afirmou.

Cursos. Os cursos têm duração de três meses, com carga horária diária de uma hora e meia. No final, todos os participantes receberão certificado de Conclusão do Programa de Alfabetização Intensiva, referente aos primeiros quatro anos do Ensino Fundamental.

O objetivo é que o trabalhador saia do curso sabendo as quatro operações da matemática e lendo e escrevendo textos, disse o diretor regional do SindusCon José Roberto Alves.

Segundo ele, com a modernização do setor, todo trabalhador vai ter que saber ler. "O maquinário tem manuais e os equipamentos modernos da construção civil vão exigir que os trabalhadores saibam ler", afirmou Alves.

Dados. Estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que o percentual de analfabetos da construção civil diminuiu mais de 60% nos últimos dez anos.
No ano 2000, o número de trabalhadores analfabetos era de 29 mil em um universo de 1,1 milhão, que representava 3%. Já em 2009, eram cerca de 23 mil trabalhadores, num total de 2,2 milhões, representando 1% do total.

Projetos de alfabetização de trabalhadores estão espalhados em todo o Brasil, o que contribui para esse número.
"Com a alfabetização, o trabalhador já pode fazer cursos profissionalizantes, como o de marceneiro e eletricista, e aumentar de cargo", disse Alves.
"Acho que com mais estudo, a gente consegue um salário melhor e até mais respeito", disse Almeida.

CONSTRUÇÃO CIVIL GERA MIL TONELADAS DE ENTULHO TODOS OS DIAS NA CIDADE



Mais de mil toneladas. Esse é o volume do que sobra das construções em Ribeirão Preto todos os dias. O que muita gente não sabe, é que o responsável pela obra também deve se responsabilizar pelo despejo correto desse material. Para tentar diminuir o problema, a Associação de Transportadores de Entulhos deve começar a receber os restos de construção em no máximo três meses.

O crescimento cobra o seu preço e exige o seu espaço. A mesma construção civil que levanta prédios, casas e condomínios ,também deixa amontoados de entulhos. Por dia, o que sobra das obras em Ribeirão Preto, em média, enche mais de 500 caçambas.

Ribeirão Preto produz muito entulho e muitas pessoas não sabem o que fazer com ele. Por lei, quem faz uma obra, qualquer obra, também é responsável pelo que sobra dela. Entulho jogado em áreas públicas ou despejado em terrenos particulares pode gerar multas ou ainda o responsável pode responder uma ação na justiça. A Associação de Transportadores de Entulho quer recolher o material, mas só espera agora uma liberação da Cetesb.

Mas não é só transportar o entulho que dá lucro, reciclar também virou negócio. O diretor de uma empresa de recicláveis, Mário Gallo, acredita que 85% do material que sobra de uma construção podem ser recuperados. Somente de 10% a 15% dos restos ficam contaminados e viram lixo. A ideia, basicamente, é devolver à construção civil o que ela mesma jogou fora.

ATIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL SEGUE EM EXPANSÃO, MAS RITMO JÁ É MENOR



Indicador da CNI subiu pelo 3º mês seguido, aos 51 pontos, abaixo das altas registradas em maio e junho
Pelo terceiro mês consecutivo, a Construção Civil registrou em julho expansão da atividade, segundo a Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta quinta-feira, 25, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, o ritmo está desacelerando. O indicador de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 51 pontos, puxado pelo desempenho das grandes empresas. Em maio, quando o setor obteve o primeiro resultado positivo no ano, o indicador ficou em 53,1 pontos, caindo para 52,4 pontos em junho. De janeiro a abril, o setor teve queda na atividade, com indicadores abaixo dos 50 pontos. Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 mostram aumento na atividade.

As grandes empresas most raram expansão na atividade com indicador de 54,8 pontos, enquanto que as pequenas empresas registraram retração no mês passado (indicador de 47 pontos). As médias empresas assinalaram crescimento moderado, com 51 pontos.
Apesar da perda de ritmo, a atividade da construção civil foi igual ao esperado para o mês. O setor também seguiu contratando. Na evolução do número de empregados, a construção civil registrou 51,5 pontos em julho, representando crescimento moderado no número de oferta de vagas de trabalho no setor.

Expectativas
Os empresários da construção estão menos otimistas em relação aos próximos seis meses, segundo a pesquisa divulgada hoje. Apesar disso, as expectativas são positivas para os próximos meses. O setor espera aumentar o nível de atividade, os novos empreendimentos e serviços, as compras de insumos e matérias-primas e o número de empregados. A Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre 1 e 16 de agosto com 455 empresas.

FALTA DE ENGENHEIROS PREOCUPA CONSTRUÇÃO CIVIL



Dados são preocupantes especialmente quando se analisa o nº de alunos que cursam e os que se formam
A falta de engenheiros no país preocupa setor da construção civil e reflete necessidade de mudanças nas políticas educacionais. O Brasil paga atualmente o preço elevado de duas décadas perdidas, nos anos 80 e 90.

Com a economia estagnada e sem investimentos em infraestrutura, não houve estímulos para que os jovens daquela época fizessem cursos de engenharia. Canteiros se multiplicam impulsionados pelas taxas de crescimento e tarefas como preparar o Brasil para a Copa de 2014 e as

Olimpíadas de 2016.
Para especialistas, é preciso adotar planos de treinamentos agressivos, conforme a necessidade de cada organização para fazer frente à demanda. O pesquisador do IPEA, Paulo Meyer, destacou que a carência de profissionais qualificados aumenta à medida em que se deixa os grandes centros. "Quando começa a ter investimentos altos em regiões menos tradicionais, é natural que se perceba uma escassez maior".

No acumulado da última década, ainda há mais engenheiros registrados em relação à criação de vagas para profissionais na construção civil. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Sérgio Watanabe, disse ao repórter Leandro Andrade que a procura recente fez explodir os salários pagos.

Os dados são preocupantes especialmente quando se analisa o número de universitários que cursam e os que saem das faculdades de Engenharia. Como a formação de segundo grau é deficiente, muitos estudantes desistem dos cursos depois de sucessivas reprovações em disciplinas como Cálculo.

IMÓVEL NA PLANTA: OS CUIDADOS COMEÇAM ANTES DA COMPRA



Com crédito facilitado, a possibilidade de adquirir um imóvel ainda na planta é cada vez mais viável. Porém, na ânsia de realizar o sonho da casa própria, as pessoas não se atentam aos detalhes do contrato como deveriam e o que está planejado nem sempre acontece como previsto.

A advogada Ana Isaura Matos alerta que os cuidados, por mais simples e óbvios que sejam, já devem ser tomados antes da aquisição. “O recomendável é tomar conhecimento de toda a história do imóvel que pretende comprar”, diz.

Primeiramente o responsável deve ter registrado a incorporação no registro imobiliário, antes da realização da venda em unidades autônomas. A advogada explica que trata-se de uma obrigação imposta pela lei, prevista no artigo 32 da Lei 4.591/64 e neste caso, o comprador pode certificar-se junto ao registro de imóveis onde está a matrícula do bem.

“A incorporação registrada permite que o comprador verifique se a metragem do bem está em consonância com a planta aprovada pelos órgãos públicos e no que consta do memorial descritivo. Caso isso não ocorra, o comprador poderá exigir o registro ou a resolução do contrato com a devolução das parcelas corrigidas, pois o registro é por lei obrigação do incorporador”, comenta.

Além disso, na matrícula atualizada do imóvel onde está localizada a edificação, poderá ser verificado se não há pendências como penhoras judiciais ou hipoteca. “Portanto é importante requisitar cópia atualizada das duas matrículas: do terreno onde está o condomínio e da unidade a ser adquirida”, afirma Ana Isaura.

- Consumidor atento às publicidades

Na fase de aquisição do imóvel na planta, o comprador também deve estar atento às propostas, ao material de publicidade disponível que esboça um prospecto do que está adquirindo. Mesmo após a celebração do contrato, este material deve ser guardado para eventuais reclamações futuras.

“Outro detalhe interessante é verificar se a planta aprovada pela prefeitura e registrada no cartório de registro imobiliário é a mesma que consta dos folhetos, propagandas, proposta e prospectos do bem imóvel que se encontra a venda", ressalta.

Além de todas as informações pertinentes ao imóvel, devem constar no material de publicidade e propaganda o número de registro da incorporação, para que facilite a consulta no registro imobiliário e identifique a legalidade do empreendimento, “inclusive por determinação legal no artigo 32, parágrafo terceiro da Lei nº4. 591/64”, alerta a advogada. A utilização de materiais de qualidade inferior ao proposto na aquisição do bem poderá incorrer ao construtor ou incorporador na responsabilidade pela propaganda enganosa.

DINHEIRO DA POUPANÇA PARA HABITAÇÃO PODE ACABAR ATÉ 2013


Caderneta banca atualmente cerca de 60% dos financiamentos imobiliários do País, que deverão ficar mais caros
A conta varia de acordo com o interlocutor. Mas há consenso que os recursos da caderneta de poupança, que bancam a maior parte dos financiamentos imobiliários no Brasil (60%, aproximadamente), estão acabando. Para alguns, a data-limite é o fim de 2012. Para outros, 2013. Segundo os bancos, o próprio mercado se encarregará de encontrar alternativas. Portanto, crédito haverá. O problema é o custo.

Na prática, a poupança é um subsídio ao financiamento de imóveis no País. Seu custo é bem inferior ao da taxa Selic. Por lei, a caderneta remunera o investidor com 6,17% ao ano mais TR (o que dá, hoje, algo entre 7% e 7,5%). A Selic está em 12,5% ao ano. Ou seja, considerando as condições atuais do mundo financeiro, o crédito imobiliário vai ficar mais caro quando o dinheiro da poupança acabar.

O diretor de crédito imobiliário do HSBC, Antonio Barbosa, lembra que, atualmente, os recursos da poupança para financiar imóveis somam cerca de R$ 200 bilhões. Segundo um estudo citado por ele, já foram desembolsados cerca de R$ 160 bilhões. Ainda de acordo com esse levantamento, considerando os novos desembolsos e os investimentos adicionais na poupança, o dinheiro acaba no fim de 2012.

Por meio da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os bancos já fecharam posição em torno dos chamados covered bonds - espécie de CDB imobiliário. O papel funcionaria como um CDB normal. A instituição o emitiria e o repassaria para investidores. O dinheiro seria usado para o crédito imobiliário.

A entidade tem mantido conversas com o governo, em especial com o Banco Central (BC), para conseguir uma legislação específica para o produto, que ainda não existe. "Acho que o senso de urgência do governo para esse assunto deveria ser acelerado", afirmou Barbosa.

O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, faz coro. "Temos de discutir as alternativas, porque acreditamos que em dois anos os recursos da poupança vão se esgotar." Os especialistas ressalvam que continuará havendo dinheiro da poupança, que vai conviver com o outras fontes de financiamento (como o próprio covered bond, caso aprovado pelo BC).
As alternativas já disponíveis no mercado, como o Certificado de Recebível Imobiliário (CRI), as Letras Hipotecárias (LHs) e as Letras Financeiras Imobiliárias (LFIs), ainda não deslancharam justamente porque concorrem com a caderneta.

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