BRASIL VIRA 2º MELHOR MERCADO IMOBILIÁRIO



SP saltou de 26º lugar para a 4ª posição nas prioridades dos investidores estrangeiros
SÃO PAULO - O boom de construções no Brasil passa a ser a principal novidade no mercado imobiliário mundial e o País se transformará em 2012 no segundo lugar mais atraente para investidores estrangeiros, superando a China e toda a Europa. Uma pesquisa publicada ontem pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, sigla em inglês), apontou ainda São Paulo como a quarta cidade mais atraente para aplicações em imóveis entre as grandes metrópoles internacionais no ano.
A pesquisa mostra que, apesar da crise, o mercado americano ainda é o que oferece as opções de investimentos em imóveis comerciais mais estáveis e seguras do mundo. Segundo a entidade, a crise já começa a dar sinais de estar sendo superada nos Estados Unidos, pelo menos no setor imobiliário. Preços de aluguéis, pela primeira vez desde 2008, começam a subir.
Se a liderança é dos Estados Unidos, a pesquisa mostra que o boom brasileiro no setor da construção fez do País passou a atrair um interesse global. O grande destaque é a cidade de São Paulo. No ranking elaborado no ano passado, a capital paulista era a 26.ª na lista de prioridades de investidores estrangeiros.
Na classificação de ontem, subiu para a quarta posição. O local preferido de investidores em 2012 será Nova York, seguido por Londres e Washington. São Paulo superou a cidade de Frankfurt e todas as capitais de países da zona do euro e das economias dos Brics.
O crescimento da economia, eventos esportivos e as garantias legais são os fatores que transformam o País e a cidade em uma das prioridades de investidores.
"O Brasil passou a ser considerado como um lugar muito mais seguro para investir e um local onde se consegue uma boa apreciação de capital", afirmou o CEO da entidade, James Fetgatter. Para realizar a pesquisa, a associação consultou investidores com um portfólio total de US$ 874 bilhões pelo mundo.
42% dos entrevistados apontaram que planejam investimentos nos Estados Unidos em 2012 como o lugar que oferece as melhores oportunidades. Em 2011, porém, 64% dos entrevistados havia escolhido o mercado americano.
‘Roubo’ de investimentos. Segundo a pesquisa, o Brasil "roubou" investimentos dos Estados Unidos. Hoje, 18,6% dos entrevistados indicam que o País oferece as melhores oportunidades de retorno de investimentos no setor imobiliário. Em 2011, apenas 4,4% dos entrevistados escolheram o Brasil para investir.
Com o resultado, o Brasil superou a China na lista das preferências dos investidores imobiliários. Entre os emergentes, a classificação é seguida pela Turquia, enquanto Vietnã e Índia sofreram quedas.
Na Europa, a crise envolvendo o euro e a possibilidade de recessão em 2012 praticamente tirou o continente da lista dos locais preferidos por investidores. Nem mesmo a Alemanha resistiu e desabou no ranking organizado pela entidade.
Preços altos. A pesquisa destaca que os Estados Unidos ainda são muito almejados e foram o segundo país, depois da Grã-Bretanha, a atrair mais investimentos estrangeiros em 2011, segundo dados preliminares da Real Capital Analytics.
"O ponto baixo é que o país não promete muita valorização de capital, pois os maiores mercados já estão com preços altos", disse Fetgatter.

ASSINATURA DE TAC É ADIADA E OBRAS SEGUEM INDEFINIDAS



Prefeito Pedro Serafim (PDT) exige encontro entre Procon, MRV, Goldfarb e mutuários para liberar as construções.
Mutuários da MRV durante protesto em frente à Prefeitura de Campinas: impasse segue sem solução.
A liberação para desembargar a construção de 11 mil imóveis do Parque Jambeiro continua indefinida. O prefeito interino de Campinas, Pedro Serafim (PDT), disse que só vai assinar o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que permitiria a retomada quando todas as pendências entre Procon, construtoras e mutuários forem resolvidas. As construtoras, por sua vez, também esperam a definição.
No final da tarde de ontem, aconteceu uma reunião entre a prefeitura, representantes das construtoras MRV e Goldfarb, responsáveis pelas obras, e mutuários. Não houve acordo. O principal problema a ser resolvido é a questão do subsídio do Programa Minha Casa Minha Vida. No lançamento dos conjuntos, os mutuários fizeram as simulações e conseguiram subsídios de até R$ 23 mil. Como as obras foram embargadas, muitos deles tiveram aumento na renda e, por esta razão, acabaram perdendo parte do benefício.
Os mutuários argumentam que não tiveram culpa pelo interrompimento das obras e querem que os valores sejam os mesmo da época que compraram os apartamentos. "Está faltando esse pequeno detalhe para que o TAC seja assinado e as obras liberadas. Esperamos que tudo se resolva o mais rápido possível. Assim, a liberação para a retomada das obras também vai acontecer o mais rápido possível", afirmou o secretário de Urbanismo, Luís Yabiku.
PENDENGAS
O prefeito explicou que quer todas as pendências resolvidas antes de assinar o TAC. Por isso, pediu que a reunião com o Procon aconteça antes da assinatura. "Não quero que haja dúvida para nenhuma das partes. Assim que tudo for resolvido, já pedi para os mutuários e as empresas me avisarem, que eu assino o TAC", comentou.
A reunião com o Procon, mutuários e MRV vai acontecer hoje, na parte da manhã. Amanhã, também na parte da manhã, o Procon vai se reunir com representantes da Goldfarb e mutuários para resolver a situação.
Procurada, a advogada da GoldFarb, Luciana Ismael, afirmou que a posição oficial só virá depois do resultado final do encontro com o Procon. A MRV aguarda a reunião com o Procon e os mutuários (ler texto abaixo). O MP foi procurado, mas a assessoria de imprensa informou que está de recesso, e o promotor que cuida do caso, Valcir Kobori, está em férias e só volta em fevereiro.ENTENDA
O caso começou em junho deste ano, quando a prefeitura embarcou empreendimentos da MRV e Goldfarb. Na época, foi determinada a suspensão dos alvarás de aprovação e execução da obra, até que uma série de análises técnicas e um depósito caução (garantia de contrato) do valor correspondente a 3,5% da contrapartida social do empreendimento sejam feitos.
A prefeitura exigiu que fossem analisadas soluções viárias, de drenagem, ambientais, entre outras.
As liberações são investigadas pelo MP porque há suspeita de que o procedimento faria parte de um esquema de corrupção supostamente comandado pela ex-primeira-dama e ex-secretária-chefe de Gabinete Rosely Nassim Jorge Santos.

ASSINATURA DE TAC É ADIADA E OBRAS SEGUEM INDEFINIDAS



Os preços dos imóveis subiram, em média, mais de 90% nos últimos três anos e, segundo reportagem do Estado (26/12), parecem, agora, tender para a estabilização. Isso ajudaria a evitar uma escassez de recursos das cadernetas de poupança, que, junto com os do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), abastecem as carteiras de financiamentos à moradia.
O mercado imobiliário viveu um período de euforia, em 2009 e 2010, que provocou a alta dos preços. Em 2011, o ritmo das vendas diminuiu. Na comparação entre os primeiros dez meses de 2010 e 2011, segundo levantamento do sindicato da habitação (Secovi), houve queda de 20,8% do número total de unidades comercializadas. Em outubro último, o recuo foi ainda mais forte (-37,7% em relação ao mesmo mês de 2010).
Para 2012, os especialistas esperam uma maior estabilização dos preços dos imóveis - e esta é uma boa notícia para os compradores em potencial.
Em 2011, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), o número de lançamentos de imóveis, em São Paulo, superou o de 2010. Boa parte desses imóveis será colocada à venda em 2012. Havendo maior oferta de moradias, será mais fácil a estabilização de preços, observou a economista Ana Maria Castelo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O gestor de investimentos Fábio Colombo considera que os preços dos imóveis são "altíssimos" e a professora Denise Vasconcellos, da Universidade Mackenzie, sugere que "estamos próximos do teto". Para o presidente do conselho de corretores (Creci-SP), José Augusto Viana, os sinais de queda das vendas confirmam que os preços são altos - e estes terão de "parar de subir ou novos negócios não serão feitos".
A experiência histórica mostra que, desde os tempos do Banco Nacional da Habitação (BNH), crédito farto é fator decisivo para a manutenção de preços elevados no mercado de imóveis. Entre 2010 e 2011, a oferta de crédito imobiliário aumentou de cerca de R$ 90 bilhões para R$ 117 bilhões, calcula o Sinduscon. Os empréstimos asseguraram o ritmo da atividade imobiliária e deverão atingir R$ 152 bilhões, em 2012, dos quais R$ 107 bilhões com recursos das cadernetas de poupança e R$ 45 bilhões, do FGTS.
Entre janeiro e novembro, segundo o jornal Valor, os financiamentos concedidos com recursos das cadernetas de poupança atingiam R$ 71,6 bilhões, com aumento de desembolsos de 43% em relação aos R$ 50 bilhões do mesmo período de 2010. A maioria dos bancos privados prevê que o ritmo de crescimento do crédito ainda será de 30% a 40%, em 2012, mas alguns projetam esse aumento em 25% e a Caixa Econômica Federal (CEF), em apenas 15%, somando os empréstimos com recursos das cadernetas e do FGTS.
Mas o crescimento do crédito imobiliário - cujo ritmo oscilou entre 50% e 70% ao ano, na segunda metade da década passada, com a exceção de 2009 - já não é tão acentuado e as perspectivas, agora, são de um avanço mais lento em 2012.
Sem tanta pressão dos tomadores, os recursos da caderneta de poupança deverão atender à demanda por mais dois anos, na pior das hipóteses, ao contrário das previsões mais pessimistas.
Essa hipótese é fortalecida pela queda da taxa Selic, que torna a remuneração das cadernetas (de 7,45% ao ano, em 2011, não sujeita ao IR na fonte) atraente para os poupadores, nota o diretor de crédito imobiliário do Banco Santander, Antonio Barbosa. Além disso, o esfriamento da demanda por imóveis destinados à classe média, apontado pelos levantamentos do Secovi, deverá provocar um crescimento mais lento da procura de recursos pelas construtoras.
Recursos fartos depositados na poupança permitirão aos mutuários tomar empréstimos a custo reduzido. Enquanto isso, outras fontes mais recentes - certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e letras de crédito imobiliário (LCIs), além dos fundos imobiliários - serão mais bem testadas nas operações de crédito à moradia, de forma a oferecer resposta rápida, no futuro, quando os recursos das cadernetas escassearem.

IMOBILIÁRIAS DESENVOLVEM AÇÕES PARA RETER OS MELHORES CORRETORES



SÃO PAULO - Com o aquecimento do mercado imobiliário nas principais cidade do país, a corretagem de imóveis está cada vez mais atraente para profissionais dos mais diferentes perfis. Mas mesmo com o aumento no número de pessoas se aventurando na carreira - que pode trazer bom retorno financeiro, mas é de alta competitividade - as empresas da área encontram dificuldades para achar mão de obra qualificada e estão se esforçando para reter os profissionais que mais se destacam.
Um estudo da empresa de administração imobiliária Lello mostra que o perfil do corretor de imóveis da capital paulista é bastante heterogêneo. Pouco mais da metade (58%) é homem, cerca de 40% têm mais de 40 anos e 25%, mais de 50. A maior parte (60%) fez curso superior - a graduação mais comum é administração de empresas (30%), seguida por ciências contábeis, economia ou matemática (17%). Os outros 53% se dividem entre as formações mais variadas, como direito, comunicação social, química, pedagogia, arquitetura e engenharia.
Desde 2007, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), órgão que credencia profissionais para atuar na área, recebe cerca de oito mil novos inscritos por ano. Segundo o presidente da instituição, José Augusto Viana Neto, antes a média anual era de 2,5 mil novos membros. O Creci tem cerca de 84 mil inscritos em todo o Estado, 36 mil apenas na capital. "Nós percebemos a migração de muita gente de outras atividades para o setor de corretagem", explica Neto. Ainda assim, ele diz que a mão de obra está escassa. "Se tivéssemos o dobro de profissionais trabalhando, ainda não seria suficiente para atender a demanda do mercado", estima.
A vice-diretora de operações da Abyara, imobiliária que atua na Grande São Paulo e cidades do interior do Estado, Carolina Quezada, diz sentir o aquecimento do mercado há cerca de dois anos. A empresa, que possui atualmente três mil corretores, tenta reter os melhores profissionais oferecendo um treinamento de três dias ao entrar na equipe, produtos com liquidez e prêmios a partir de metas cumpridas - prática que aumentou nos últimos anos.
A alta rotatividade sempre foi uma característica do mercado de trabalho dos corretores, que são profissionais autônomos e têm 100% da remuneração baseada em comissão. Por trabalharem com um contrato que pode ser rescindido a qualquer momento, a retenção dos talentos se tornou um dos principais desafios das empresas da área.
Na Coelho da Fonseca, que tem mil corretores apenas na capital paulista, a necessidade de reter os melhores profissionais teve como consequência a reformulação do setor de recursos humanos, que cresceu e passou a investir mais em treinamento. Segundo a gerente de RH, Daniela Godoy, a empresa nunca investiu tanto na área como em 2011 e a previsão é que o valor dobre no ano que vem. Além de treinar os corretores que entram na companhia, muitas vezes jovens inexperientes atraídos pelas vantagens financeiras, a empresa está oferecendo treinamento de liderança para a área comercial, que atua diretamente com esses profissionais. A companhia também está desenhando um piloto de plano de carreira, prática pouco comum no setor As ações, segundo Daniela, fizeram o "turnover" cair pela metade.
A Pronto!, braço de venda de imóveis usados do grupo Lopes, realizou mais de 400 contratações este ano na cidade de São Paulo - cerca de 30% a mais do que em 2010, mas ainda assim aquém do número de vagas abertas - 600 no ano todo. Segundo o diretor da empresa, Lucas Penteado, a corretagem de imóveis usados exige ainda mais qualificação, o que dificulta a busca por novos profissionais. "Vender imóveis prontos requer uma qualidade diferenciada. É preciso entender o mercado, o bairro e as características de cada casa ou apartamento que vai ser apresentado", explica. Por isso, a Pronto! decidiu apostar na formação dos profissionais sem experiência que entram na empresa. Com um investimento de R$ 200 mil, construiu uma academia de corretores, que oferece um curso de um mês com instrutores de diversas áreas da empresa. A primeira turma de 20 alunos se forma em dezembro e a Pronto! espera qualificar pelo menos 240 profissionais no ano que vem. "Nossa expectativa é que os corretores saiam da academia para ganhar mais de R$ 15 mil por mês", explica. Um colaborador de ponta da Pronto!, segundo Penteado, ganha de R$ 300 mil a R$ 500 mil por ano.

TRÊS APLICAÇÕES FINANCEIRAS LIGADAS A IMÓVEIS




CRI, LCI e LH são opções para investidor pessoa física
São Paulo - Além da compra direta de imóveis, da aplicação em papéis de construtoras e do investimento em fundos de investimento imobiliários, o investidor brasileiro tem também outras três opções principais para aplicar no setor imobiliário. As emissões dos títulos imobiliários estão aumentando e trazem mais uma alternativa de investimento.
Para pessoas físicas, as opções são o CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), a LH (Letra Hipotecária), e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Outro ativo menos popular para pessoas físicas (embora não seja restrito), é a CCI (Cédula de Crédito Imobiliário). Somando os quatro ativos, o estoque registrado na Cetip somava 106 bilhões de reais em outubro, um aumento de 43% ante o volume registrado no final de 2010, de 74 bilhões de reais. "As emissões estão muito associadas ao desempenho do mercado imobiliário, que gira em torno da economia. Ou seja, quando a economia vai bem, o mercado responde e as emissões aumentam", explica Fabio Zenaro, gerente executivo de desenvolvimento de negócios da Cetip.
Os títulos estão caindo cada vez mais nas graças do investidor pessoa física, que pode aplicar diretamente (o que exige investimentos mínimos parrudos), ou por meio de fundos de investimento que dediquem parte de sua estratégia aos títulos. Como algumas operações não exigem identificação do comprador final, não é possível precisar o percentual exato de investidores que aplicam nos ativos. Porém, fazendo uma extensão das operações identificadas, Zenaro estima que 50 bilhões de reais do estoque total está nas mãos dos investidores pessoa física, ou 47,16% do total.
Assim como nos fundos imobiliários, a principal vantagem para o investidor pessoa física é que ele fica isento do pagamento de imposto de renda. A desvantagem, porém, é que mesmo nos produtos mais simplificados, a aplicação mínima para investir nos títulos imobiliários é mais alta que as cotas mais baratas de fundos imobiliários. Conheça os títulos e suas principais diferenças:
CRI - Certificados de Recebíveis Imobiliários
Quando há uma concessão de crédito imobiliário, as companhias securitizadoras autorizadas transformam o crédito em um título, que pode ser lastreados em diferentes tipos de operação. "Um título pode ser de um imóvel já locado ou não. Dependendo da origem, também pode ser indexado ao IGP-M ou à Taxa Referencial), explica Romeu Pasquantonio, diretor de distribuição da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE).
A grande variedade de lastro e indexadores é uma vantagem, pois deixa mais de uma opção à disposição do investidor. A opção, porém, não é acessível a um público muito grande. Sem o intermédio de um fundo de investimento, a aplicação mínima é de 300 mil reais.
Também é importante que o investidor entenda que esse título carrega o risco de crédito. Pasquantonio explica que as emissões têm avaliação de agências de rating e é importante que o investidor entenda essa análise antes de aplicar. De um estoque de 27 bilhões de reais em CRIs na Cetip, a estimativa é que 4 bilhões estejam nas mãos de investidores pessoa física.

VENDA DE USADOS CRESCE 1,91% EM SETEMBRO, ESTIMA O CRECI-SP



São Paulo -  As vendas de imóveis usados cresceram 1,91% na capital paulista em setembro ante agosto, com a venda de 246 imóveis, conforme pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Em agosto, as vendas de imóveis usados caíram 14,47% ante julho. No levantamento foram consultadas 448 imobiliárias. Em setembro, os imóveis mais vendidos foram os de valor superior a R$ 200 mil, com 57,08% do total negociado. A maior parte das vendas foi por financiamento bancário (53,72% do total), seguido da venda à vista (42,56%), parcelada pelos proprietários (2,48%) e por consórcio imobiliário (1,24%).
A pesquisa apurou que a média geral de preços dos imóveis usados subiu 6,6% em relação à média de agosto. No acumulado do ano, entretanto, o valor médio dos usados vê queda de 2,51%, para a inflação de 7,31% medida pelo IBGE. Na locação residencial o clima de "ressaca" pós-férias prevaleceu, de acordo com o levantamento do Creci-SP. O índice de locação caiu 15,32% em setembro, após recuar 4,89% em agosto, com 879 imóveis sendo alugados. Em julho, lembra a entidade, o número de casas e apartamentos alugados cresceu 40,6% em relação ao mês anterior. Ao mesmo tempo, a média geral dos aluguéis novos subiu 5,03% em setembro ante agosto.
No período, as casas foram as preferidas dos novos inquilinos, representando 53,36% do total. A maior parte das locações teve o fiador como garantidor do contrato (47,12%), seguido do depósito de três meses do valor do aluguel (28,8%), do seguro-fiança (22,35%), da caução de imóveis (1,15%), da locação sem garantia (0,46%) e da cessão fiduciária (0,12%). Os imóveis com aluguel mensal de até R$ 1.000,00 concentraram 59,17% do total de novos contratos. Já o número de imóveis devolvidos às imobiliárias por inquilinos diminuiu 11,81% no comparativo mês a mês. As imobiliárias receberam em setembro as chaves de 566 casas e apartamentos, o equivalente a 64,39% do total de novas locações.
A inadimplência dos inquilinos também foi menor em setembro, recuando de 4,36% para 4,07%. Em nota, o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, avalia que, neste final de ano, a expectativa é de crescimento mais acelerado nos mercados de venda e locação, impulsionado pelo 13º salário, pelas férias e pelos abonos recebidos por consumidores. O dirigente reconhece ainda que não é possível ignorar a crise europeia e seus efeitos já visíveis sobre a economia brasileira. "O governo vem baixando os juros, mas o peso deles ainda torna caras as prestações dos financiamentos para a maioria das famílias", acrescenta Viana Neto.

JOVENS ESTÃO MAIS EXIGENTES NA HORA DE COMPRAR UM IMÓVEL



SÃO PAULO - O perfil dos compradores de imóveis e também das unidades compradas têm mudado. Os imóveis com um dormitório têm alcançado o topo da preferência dos solteiros ou dos casais sem filhos, que estão cada vez mais exigentes. "Esses consumidores 'antenados' e contestadores analisam os investimentos, comparam preços e usam as redes sociais para trocar informações. Priorizam a individualidade e têm visão urbanística particular", comenta o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da CII/CBIC (Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção), João Crestana.
Segundo Crestana, a procura por esses imóveis acontece por conta do bônus demográfico brasileiro. "Situação em que o número de pessoas ativas entre 20 e 50 anos supera a soma de crianças e aposentados", completa, afirmando que "esta mudança, aliada à mobilização econômica de 40 milhões de cidadãos, registrada nos últimos anos, e às melhorias das condições de crédito, permitiu a geração de uma demanda imobiliária até então inédita".
Mais exigentes.
De acordo com presidente do Secovi, os solteiros e os casais sem filhos são mais dedicados à carreira e à formação profissional, por isso, o interesse imobiliário desse perfil é diferente. "O interesse imobiliário desses jovens vai de estúdios compactos e sem divisórias, com 35 metros quadrados e sem vaga de garagem, perpassam os 'sala e quarto' e se alçam aos sofisticados lofts de 100 metros quadrados e duas vagas", afirma.
Segundo Crestana, as condições para escolher um determinado imóvel também mudaram, e o valor não é mais o fator decisivo. "Uns exigem preços acessíveis e dispensam equipamentos comunitários, fator preponderante para a redução da taxa condominial. Outros procuram condomínios adjacentes ao metrô e a corredores de ônibus e valorizam funcionalidades, como lavanderia coletiva", explica.
Arquitetura moderna, espaços abertos, raia de natação e espaço gourmet são algumas das exigências mais refinadas desse público, que, segundo Crestana, consideram essencial a proximidade do imóvel com o local de trabalho, universidades, cinemas, bares, restaurantes e baladas.
Segundo o presidente, nas regiões periféricas da cidade de São Paulo, há procura por unidades menores e disponíveis por aproximadamente R$ 100 mil. Em regiões mais centrais, há aquelas disponíveis por R$ 250 mil e, dependendo da localização e dos atributos, encontram-se as que ultrapassam R$ 1 milhão. Um dos tipos de imóveis que perdeu espaço foram as quitinetes. "Sucesso nas décadas de 1960 e 1970, a locação de quitinetes complementava a aposentadoria de seus proprietários. Porém, o protecionismo danoso da lei do inquilinato vigente à época permitiu que inquilinos de má-fé deixassem de pagar o aluguel, danificando imóveis e se recusando a sair. Com isso, essas unidades perderam reputação", explica Crestana, explicando que, "agora, imóveis de um dormitório recuperam importância e incentivam a volta da locação como investimento. As modernidades legais e a demanda permitem este progresso".

LANÇAMENTO - CONDOMÍNIO FECHADO - VARANDAS DOS JEQUITIBÁS - HOME RESORT

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