SÃO PAULO - Os preços dos imóveis registraram forte valorização nos últimos anos, motivados, segundo especialistas, por uma série de fatores - entre eles, a estagnação de preços nos anos anteriores, a maior oferta de crédito e a ascensão das classes C e D.
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, a valorização atingiu 25,5% no Brasil, de acordo com o índice FipeZap. Mas será que ainda há espaço para mais alta? Há quem diga que sim e há quem tenha opinião contrária. Para você tirar suas próprias conclusões, especialistas listaram 5 motivos para que os preços dos imóveis subam este ano - e 5 para que eles caiam (ou fiquem estáveis).
Motivos para que os preços subam:
Para o CEO da Vitacon Incorporadora, Alexandre Lafer Frankel, os imóveis devem continuar se valorizando em 2012. Confira as razões apresentadas pelo executivo:
Crescimento e estabilidade econômica
O crescimento da economia brasileira e a estabilidade econômica atingida pelo País nos últimos anos continuarão a ser, na opinião de Frankel, os principais drivers para o aquecimento do mercado imobiliário e o consequente aumento dos preços dos empreendimentos. Queda na taxa de juros
A queda da Selic (taxa básica de juro) também tende a estimular a economia e aumentar a procura por crédito, fazendo com que os preços dos imóveis continuem em trajetória ascendente. Escassez de terrenos
Para o executivo, a escassez de terrenos, principalmente nos grandes centros urbanos, deve continuar fazendo com que os imóveis sejam negociados a preços elevados. Isso porque, ao comprarem terrenos cada vez mais escassos, as incorporadoras e construtoras precisam repassar os custos para os compradores, ocasionando uma elevação do preço das unidades lançadas.
Capacidade de consumo e crédito
A ascensão das classes C e D e a capacidade de consumo do brasileiro, aliadas à boa oferta de crédito, continuarão impulsionando o preço dos imóveis para patamares mais elevados em 2012, acredita o executivo. Aumento de preços de mão de obra e materiais.
Por fim, na opinião do CEO da Vitacon, o aumento de preço de mão de obra e dos materias de construção deve ser outro motivo para que o preço dos imóveis suba este ano.
Motivos para os preços caírem (ou ficarem estáveis)
Já o vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e autor do Livro "Imóveis, Seu Guia Para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio", Luiz Calado, aponta alguns motivos para que os preços fiquem estáveis ou até mesmo caiam em 2012.
Grande oferta de imóveis
O especialista ressalta que nunca se construiu tantos empreendimentos imobiliários quanto agora. "Hoje já vemos muitos empreendimentos prontos, com vários apartamentos disponíveis para a venda", diz. Segundo ele, é interessante acompanhar de perto os relatórios anuais das empresas incorporadoras, para ver se o estoque aumentou. "Se aumentou, é sinal de que a demanda diminuiu - ou que construíram mais do que a demanda", afirma. Os preços já atingiram níveis muito altos
Calado também aponta que os preços dos imóveis chegaram a um patamar muito alto. "Prova disso é que os brasileiros já começam a achar atrativos os preços nos Estados Unidos", pontua. Condições de crédito
De acordo com o especialista, as condições de crédito e limite para uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de R$ 500 mil, também continuam sendo impeditivos para as pessoas financiarem os imóveis. Demanda menor
O especialista também ressalta que havia uma demanda reprimida por imóveis, mas não era uma demanda infinita. "Hoje muita gente já comprou o seu imóvel. É claro que sempre vai ter mais gente para comprar, mas o que vimos nos últimos anos foi um "boom", com todos querendo comprar. Os lançamentos eram vendidos em um final de semana", exemplifica. Preço mais estabilizado dos terrenos
O coordenador do curso de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Júnior, também aponta que não há nenhuma razão para que os imóveis continuem subindo este ano. Segundo ele, entre os motivos para que os preços caiam ou permaneçam estáveis, está o fato de que os terrenos, apesar de escassos, estão com preços mais estabilizados. "Hoje há um maior equilíbrio, algo que não acontecia algum tempo atrás. Com muitas empresas disputando poucos terrenos, eles acabaram ficando muito mais caros e inflando o preço dos imóveis", ressalta.
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5 RAZÕES PARA OS PREÇOS DOS IMÓVEIS SUBIREM EM 2012 - E 5 PARA ELES CAÍREM
CRECI: VENDA DE IMÓVEIS USADOS CRESCE 44,96% NO ESTADO DE SÃO PAULO
O mercado de imóveis usados do Estado de São Paulo registrou forte recuperação das vendas em novembro, que foram 44,96% maiores que em outubro segundo pesquisa com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). As imobiliárias consultadas venderam 1.115 imóveis, o que fez o índice estadual de vendas saltar de 0,5250 em outubro para 0,7611 em novembro. Em outubro, as vendas tiveram queda de 18,29% em relação a setembro.
"Importante é observar o desempenho acumulado no ano, expurgado das variações sazonais, onde se vê claramente que 2011, até novembro, foi um ano positivo para o mercado de usados no Estado", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. De janeiro até novembro, o volume de imóveis negociados no mercado imobiliário paulista é positivo em 26,50%. "É muito provável que o ano feche no azul, sem sinal de crise", completa.
Outro indicador importante do bom comportamento do mercado de imóveis usados em São Paulo é o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/Crecisp), composto por todos os valores de venda e locação levantados pela pesquisa CRECISP. Em novembro, o índice teve variação positiva de 12,11%, que sobe para 13,8% no acumulado de 2011. As vendas cresceram nas quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa CRECISP. O aumento foi de 28,18% na Capital, de 33,17% no Litoral, de 62,31% no Interior e de 52,05% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. Apartamentos lideram vendas
Os apartamentos foram os imóveis que as imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP mais venderam em novembro no Estado de São Paulo - 52,65% do total de vendas. As casas ficaram com os restantes 47,35%.
Os imóveis mais vendidos na Capital, com 64,35% dos negócios formalizados, foram os de valor superior a R$200 mil. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, a faixa de valor até R$200 mil concentrou 51,50% das vendas. No Interior e no Litoral, os mais vendidos foram os imóveis de até R$180 mil, com 55,83% e 57,25%, respectivamente.
Os financiamentos predominaram entre as várias formas de pagamento utilizadas para a aquisição de casas e apartamentos em três das quatro regiões do Estado. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, foram financiados 75% dos imóveis vendidos, percentual que foi de 56,56% no Interior e de 53,19% na Capital. No Litoral, a maioria das vendas, 50%, foi feita à vista.
A pesquisa CRECISP encontrou em Araçatuba o imóvel com menor valor de metro quadrado vendido em novembro no Estado. Casas de 1 dormitório situadas em bairros da região central foram vendidas pelo preço mínimo de R$354,17 e máximo de R$1.500,00. Entres os imóveis mais caros de novembro, destacou-se um apartamento de 3 dormitórios na área central de Osasco, vendido por R$13.136,29 o metro quadrado.
Locação residencial segue em alta com 7,20% a mais de novos contratos.
O mercado de locação residencial manteve-se em crescimento em novembro no Estado de São Paulo. O número de novas locações, que havia crescido 10,77% em outubro, aumentou 7,20% em novembro segundo pesquisa feita com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP).
As imobiliárias alugaram 3.160 imóveis, o que fez o índice estadual de locação subir de 2,0122 em outubro para 2,1570 em novembro. As casas predominaram sobre os apartamentos, com 1.885 unidades, o equivalente a 59,65% do total. Apartamentos somaram 1.275 unidades, ou 40,35% das unidades alugadas.
O desempenho foi positivo em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa CRECISP: Interio r (+ 15,68%), Litoral (+ 13,90%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 7,31%). Na Capital, houve queda de 5,66%.
Os imóveis mais alugados na Capital em novembro foram os de aluguel mensal até R$1.000,00, com 54,91% do total de novos contratos. Já as casas e apartamentos com aluguel de até R$800,00 predominaram no Interior (56,82%), no Litoral (50,22%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (64,38%).
Inquilinos devolveram para as imobiliárias pesquisadas 1.866 imóveis, o equivalente a 59,05% das novas locações. A maioria delas adotou o fiador como instrumento de garantia de pagamento do aluguel em caso de inadimplência - ele esteve presente em 85,79% dos contratos formalizados no Interior, em 43,17% no Litoral, em 36,09% na Capital e em 46,02% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.
A inadimplência aumentou 24,18% em novembro no Estado - estava em 3,39% do total de contratos em vigor e m outubro e subiu para 4,21% em novembro. A pesquisa CRECISP constatou que 68,51% das novas locações em novembro se concentraram em bairros da região central das 18 cidades pesquisadas no Interior, diluindo-se as demais pelas áreas nobres (10,56%) e por bairros das regiões mais periféricas (20,93%).
O imóvel com menor aluguel - R$150,00 - em novembro no Estado foi um apartamento de um dormitório localizado em bairro da periferia de Santo Andre. O aluguel mais caro foi encontrado em Ilhabela, onde uma casa de quatro dormitórios foi alugada por R$10.000,00 mensais.
A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatat uba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
Fonte: Creci
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FGTS VAI FINANCIAR REFORMA DA CASA PRÓPRIA
A chegada do Carnaval e a ocorrência de chuvas reduzem as vendas de material de construção Deve chegar nas próximas semanas nas agências da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e de outras instituições uma nova linha de crédito, com utilização de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a reforma da casa própria. As diretrizes da nova linha de crédito foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). A medida foi anunciada no início de janeiro após a aprovação pelo Conselho Curador do Fundo. Os bancos ainda estão analisando e formatando este tipo de financiamento.
A linha de crédito, voltada para reforma e ampliação de imóveis residenciais, é de até R$ 20 mil por pessoa. A taxa de juros será de 12% ao ano, para pagamento em até 120 meses. A linha de crédito Financiamento de Material de Construção (Fimac FGTS) estará disponível para cotistas do fundo com vínculo empregatício ativo, independente da renda e de acordo com sua capacidade de pagamento.
Os recursos poderão ser usados para a compra de materiais específicos como de aquecimento solar, hidrômetros e equipamentos que melhorem a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. De acordo com o governo, 33 milhões de brasileiros com carteira assinada que recolhem recursos ao FGTS terão direito a essa nova linha de crédito, mediante empréstimo a ser concedido pelos bancos, especialmente a Caixa Econômica Federal. O imóvel do interessado não pode ter valor de mercado acima de R$ 500 mil. O local que receber a obra deverá ser regularizado e financiável nas condições do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
De acordo com Ministério das Cidades, os agentes financeiros poderão credenciar os estabelecimentos que comercializam materiais de construção, definindo regras de prudência para assegurar a qualidade da operação de crédito. De acordo com a assessoria da Caixa, o banco publicou uma circular por ser órgão operador do FGTS e, como agente financeiro, está analisando a viabilidade da linha, que ainda não tem previsão de lançamento. Vendas de material recuam
As chuvas e a proximidade do Carnaval provocaram a diminuição das vendas nas lojas de material de construção de Rio Preto em relação a janeiro. "Fevereiro é um mês atípico", afirma o empresário Marcos Antonio Napolitano, presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) de Rio Preto.
Segundo Napolitano, a expectativa é que as vendas dos itens para construção e reforma de imóveis voltem à normalidade em março, com a intensificação das obras do setor. "Se o ritmo das construções diminui, a venda de materiais acompanha." A empresária Rosimeire Ferreira da Silva, da Construmais, afirma que as vendas estão instáveis, com maior força nos itens básicos. Ela relata alta de preços em tintas, de 8%, e de louças, que em chegaram a até 16%.
De acordo com o proprietário da Silva e Silva, Victor Augusto Cremonin Silva, houve uma alta generalizada de preços. O destaque, segundo ele, foi o reajuste no valor da areia, de cerca de 10%. "O metro quadrado da areia grossa está saindo por R$ 66, mas já cheguei a vender por R$ 55", afirma o comerciante. Em sua loja, atualmente, os materiais mais procurados são para o acabamento da obra. Os pisos do tipo porcelanato têm sido bastante vendidos, um material mais refinado, inclusive para consumidores que vivem na região Norte da cidade. O valor do metro quadrado varia de R$ 22 a R$ 40.
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CONSTRUTORAS ENTREGAM PRÉDIOS NOVOS COM DEFEITO
Quem comprou ou pretende comprar um imóvel na planta precisa tomar cuidado. Isso porque de cada dez reclamações sobre prédios entregues na cidade de São Paulo, pelo menos três estão relacionadas a problemas de construção ou defeito na execução da obra. A estimativa é da Associação de Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa) com base nas queixas recebidas em 2011. Entre as principais ocorrências registradas estão infiltrações e rachaduras.
"Existe uma ganância pelo lucro. As empresas começam a construir várias obras ao mesmo tempo e não dão conta da demanda. E ainda usam material de segunda qualidade", afirma o assessor jurídico da Amspa, João Bosco Brito da Luz. Segundo ele, as infiltrações aparecem em decorrência de impermeabilizações mal feitas ou outras técnicas aplicadas indevidamente.
Em segundo lugar estão as rachaduras por conta do uso de material de qualidade inferior. Metade dos casos é resolvida diretamente entre construtoras e clientes. Em 2011, a associação recebeu 2.199 queixas envolvendo construtoras, um aumento de 48,8% em comparação com 2010, quando foram registradas 1.477 reclamações.
O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Carlos Borges, afirma que houve de fato um crescimento de problemas relativos à qualidade da obra. "Por causa do boom imobiliário e de uma série de fatores estruturais, aumentaram os problemas que não vinham acontecendo", diz o executivo.
Fatores como escassez de mão de obra qualificada, baixa qualidade dos materiais, velocidade mais rápida das obras e dificuldade na contratação de fornecedores contribuíram para a situação, na avaliação de Borges. "Os problemas estão sendo resolvidos. As empresas estão investindo em gestão, em tecnologia da informação e aumentando o prazo de execução das obras. Se as construtoras querem continuar no mercado, precisam resolver os problemas."
Na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), foram registradas 165 reclamações em 2011 envolvendo problemas relacionados à qualidade da construção do imóvel. É um pouco menos do que as 174 queixas de 2010. A especialista em defesa do consumidor do Procon-SP, Renata Reis, aconselha o consumidor a prestar atenção ao vistoriar o imóvel no ato da entrega das chaves. É preciso apontar os problemas por escrito para que a empresa responsável pela obra fique ciente das falhas para começar a contar o prazo para a solução.
Na entrega
Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o problema deve ser solucionado em 30 dias. Há casos em que um prazo maior pode ser firmado entre as partes. Se o problema não for resolvido, a orientação é procurar um órgão de defesa do consumidor para exigir o reparo, cancelar o contrato para devolução do dinheiro ou ficar com o imóvel com desconto referente ao custo do conserto.
Bosco recomenda que o consumidor faça sempre a vistoria acompanhado de um engenheiro. Se a construtora se negar a resolver os problemas, o comprador tem um documento para ajudar na reclamação caso ele precise recorrer à Justiça.
A economista Regina Célia da Silva, de 41 anos, enfrenta problemas com seu imóvel e as áreas comuns do condomínio. As chaves foram entregues em maio, mas ela só conseguiu se mudar em dezembro. "O apartamento tinha infiltração e só pude começar as minhas obras depois que a empresa resolveu alguns problemas", diz. O gesso do teto, pontos de ferrugem e vazamento em um dos banheiros foram alguns dos problemas apontados.
"Na minha unidade ainda estou conseguindo resolver com a empresa, no tempo dela. O problema maior é com as áreas comuns", conta Regina. Piscina sem ralo de contenção, área de passeio que precisou ser refeita e fonte com vazamento são alguns dos inconvenientes citados pela moradora. A Toledo Ferrari, responsável pela obra, informa por meio de nota que "preza pela qualidade de seus empreendimentos, por meio de um rigoroso processo de qualificação de fornecedores e prestadores de serviços". A construtora afirma que presta o serviço de assistência técnica, reparando os vícios ocultos dos serviços, conforme termo de garantia. Segundo a construtora, vícios da construção são comuns e se coloca em prontidão para solucionar os problemas da melhor maneira possível. |
NOVO PRESIDENTE DA SECOVI-SP DIZ QUE FALTA TERRENO PARA ATENDER DEMANDA POR IMÓVEIS
Para Bernardes, é preciso ter planejamento para que o setor imobiliário cresça.
Em defesa de uma atuação conjunta entre as iniciativas pública e privada para driblar os entraves do setor imobiliário, Cláudio Bernardes assumiu oficialmente na noite de segunda-feira (13) a presidência do Secovi-SP, sindicato da habitação em São Paulo, em cerimônia realizada na capital paulista.
Bernardes, que era vice-presidente da entidade e pró-reitor da Universidade Secovi, substitui João Crestana, que permaneceu no cargo por dois mandatos. A eleição do executivo para o período de 2012 a 2014 havia ocorrido em agosto passado.
No discurso de posse, Bernardes destacou a escassez de terrenos adequados para construção de projetos suficientes para atender a demanda por imóveis, sobretudo em grandes centros urbanos como São Paulo.
De acordo com ele, "precisamos ter espaço urbano adequado para atender a demanda e oferecer moradias compatíveis com a necessidade da população", defendendo que haja "vontade política e diálogo com a sociedade e com a iniciativa privada".
Bernardes citou ainda a necessidade de planejamento para que o setor imobiliário cresça de forma sustentável.
- Infelizmente não temos a cultura de planejamento a longo prazo, mas temos que mudar isso... Temos que integrar o planejamento das cidades com o planejamento do mercado imobiliário.
Ainda sobre a escassez de espaço para construir moradias, ele defendeu, entre outros aspectos, a revitalização de regiões degradadas - como o centro da capital paulista, de forma a permitir novos empreendimentos residenciais.
Bernardes mencionou também que seus esforços como presidente da entidade incluirão a busca por novas fontes de financiamento imobiliário para complementar os recursos da poupança, para "garantir fôlego ao setor".
O setor imobiliário vem se preparando para adequar seu ritmo de crescimento a um patamar menos aquecido que o visto em 2010, por exemplo. A construção civil brasileira deve crescer 5,2 % em 2012, após fechar o ano passado com alta de 4,8 %, conforme previsões do SindusCon-SP (Sindicato da Construção). Em 2010, o avanço foi de 15,2 %.
Bernardes ressaltou que, "se existe demanda, o setor deve gerar oferta na proporção adequada, nem mais nem menos”.
Segundo dados do Secovi referentes à cidade de São Paulo, as vendas de imóveis residenciais novos vêm crescendo em ritmo inferior aos lançamentos desde meados de 2011.
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ALUGUEL DE ESCRITÓRIO CLASSE A SOBE 17,9% EM SP
O valor do aluguel de escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo disparou no ano passado, impulsionado pelo descompasso entre oferta e demanda. Segundo levantamento da consultoria imobiliária Colliers International, obtido pela Agência Estado, o valor médio pedido nas locações de imóveis corporativos de classe A na capital paulista cresceu 17,9% em 2011, maior alta registrada desde 2007, quando chegou ao pico de 54,8%. O dado de 2011 representa uma forte aceleração se comparado ao avanço de 9 2% em 2010. Para este ano, a consultoria ainda espera uma nova alta, na faixa de 10%.
A taxa de vacância (porcentual de imóveis vagos dentre o estoque total) em São Paulo foi de apenas 1,6% no quatro trimestre, um dos menores níveis entre as 172 cidades em 56 países cobertas pela pesquisa. Se considerado o estoque de Alphaville, bairro empresarial de Barueri, na região metropolitana, a taxa de vacância foi de 5,1%.
Nos últimos anos, vem aumentando o número de empresas que procuram se instalar em prédios mais espaçosos e funcionais, que ajudam a melhorar a produtividade das operações. Entre as principais locatárias estão as instituições financeiras, prestadoras de serviços e companhias ligadas ao varejo. "O aumento dessa demanda está atrelado ao crescimento generalizado da economia nos últimos anos", explicou o gerente de escritórios da Colliers, André Strumpf.
Por outro lado, o mercado imobiliário não consegue atender imediatamente o aumento da procura devido à falta de terrenos para novos prédios, à demora no processo de licenciamento e ao período para execução das obras. "Um novo empreendimento leva cerca de quatro anos para ser entregue", observou Strumpf.
A consequência é que o valor médio pago mensalmente pelo metro quadrado duplicou nos últimos cinco anos, passando de R$ 52,5 em 2006 para R$ 118,5 no final de 2011. Entre os bairros pesquisados, o preço mais alto foi verificado nas regiões da Faria Lima (R$ 185), Itaim (R$ 178) e Vila Olímpia (R$ 133). Entre aqueles abaixo da média ficaram Chácara Santo Antônio (R$ 68), Alphaville (R$ 69) e Barra Funda (R$ 80).
Demanda e tendências
A taxa de vacância de 1,6% em São Paulo nos últimos três meses do ano foi maior que a taxa de 0,5% do trimestre anterior e acima também do 1,2% registrado no mesmo trimestre do ano anterior. Entre as regiões pesquisadas, as mais ocupadas foram Barra Funda e Chácara Santo Antônio, com vacância zero, Berrini e Paulista, com vacância de 0,4%, e Vila Olímpia, com 0,5%.
Apesar de baixo, o nível de vacância de 1,6% em São Paulo no quarto trimestre de 2011 foi o maior do ano passado. Além disso, ele interrompeu um ciclo de queda da vacância que perdurava desde o fim de 2009, quando estava em 8,4%, e seguiu até o terceiro trimestre de 2011, quando atingiu 0,5%, a menor do ranking global da Colliers. A consultoria atribuiu a elevação no fim do ano passado a um clima de maior cautela entre o empresariado. "Com os preços altos dos alugueis e as incertezas vindas da Europa, muitas empresas puxaram o freio de mão", disse André Strumpf.
Para 2012, a consultoria estima que serão entregues 500 mil metros quadrados de imóveis corporativos classe A em São Paulo, um volume bem maior que os cerca de 190 mil metros quadrados entregues em 2011. O aumento é explicado pelo crescimento do mercado imobiliário e pelo atraso na conclusão de empreendimentos importantes do ano passado, como o Pátio Malzoni (de 68,6 mil metros quadrados, na Faria Lima) e o Brascan Century Plaza, Torre Corporate (de 29,9 mil metros quadrados, em Alphaville).
Com o crescimento da oferta, Strumpf estima um aumento da taxa de vacância para o nível de 3% em São Paulo e de 8% se contabilizados o estoque da capital e de Alphaville. No entanto, o gestor descarta a possibilidade de recuo nos valores de locação, argumentando que a demanda continuará crescente e que boa parte dos novos empreendimentos a serem entregues já têm contratos firmados de pré-locação. "Não haverá queda, apenas um crescimento mais moderado em relação a 2011, na faixa de 10%."
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UNIVERSITÁRIOS AQUECEM MERCADO REGIONAL
Segundo Habicamp, procura cresce 40% neste início de ano letivo em comparação com o mesmo período de 2011.
O início do ano letivo nas universidades de Campinas fez com que a procura por imóveis na cidade disparasse. Segundo estimativa da Habicamp (Associação Regional da Habitação), a busca por um imóvel, seja para compra ou aluguel, cresceu aproximadamente 40% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente da Habicamp, Francisco Oliveira Lima Filho, explica que, historicamente, o início do ano é um período de muito crescimento imobiliário, mas 2012 superou as expectativas.
“A procura está muito grande. Fizemos uma pesquisa junto às principais universidades e chegamos à conclusão de que serão cerca de 5 mil novos alunos vindos de fora de Campinas. Levando em conta uma moradia para duas pessoas, precisaríamos de 2,5 imóveis. Campinas e região são consideradas como um dos melhores lugares para estudar e para morar”, disse.
Segundo a Habicamp, o aluguel de um apartamento de dois dormitórios no Centro da cidade, mobiliado, custa em média de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. Os lugares mais procurados pelos estudantes são os bairros próximos das universidades, seguidos pelo Centro. “O problema é que no ano passado tivemos uma queda de 18,35% em aprovações de planta em relação a 2010, o que ajudou a aumentar esse déficit de 2,5 mil moradias”, pontuou Lima Filho.
José Renato Rodrigues, gerente de locação da Imobiliária Professor Sebastião, localizada no distrito de Barão Geraldo e distante poucos quilômetros da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), confirmou o aumento do movimento originado pelos universitários. Ele alerta para os estudantes que estão de mudança para a cidade não deixarem para procurar uma moradia de última hora. “Nesta época de grande procura, os estudantes correspondem a aproximadamente 90% do movimento da locação. Os que demoram a procurar não encontraram tantas opções de imóveis disponíveis, terão opções mais distantes das universidades e valores mais elevados do que os que procuram imoveis mais cedo”, explicou.
O estudante de Análise de Sistemas da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) Mário Paiva, 24, alugou uma kitnet há cerca de dez dias. Ele morava em Mogi Guaçu e fazia o trajeto diariamente, mas optou em ficar na cidade. “Pelo que me disseram o preço está acessível, até por ser perto da faculdade e do trabalho, mas achei um pouco caro, até pelo tamanho do imóvel. Morar em Campinas vai ficar mais prático e vou cansar menos”, justificou o estudante.
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