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REDE DE IMOBILIÁRIAS PROMETE FACILITAR VENDAS
NÚMERO DE AÇÕES NA JUSTIÇA DE COBRANÇA DE CONDOMÍNIO CRESCE 53%
Levantamento do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) junto aos fóruns da cidade de São Paulo mostra que o número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa de condomínios cresceu 53,36%. Em janeiro, foram registrados 888 casos contra as 579 ações ajuizadas no mês anterior. Comparado ao número de ações registradas em janeiro de 2011 (515 ações), houve retração de 72,42%.
Para o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato, Hubert Gebara, o que pode ter contribuído para o aumento no acumulado do ano são as despesas de final de ano. "Provavelmente, o paulistano gastou mais com presentes, viagens e lazer", afirma o dirigente, que aponta ainda o pagamento dos tributos (IPVA e IPTU) como fator de endividamento, assim como gastos com matrícula e material escolar.
Contudo, segundo Gebara, a alta não deverá alterar o quadro de estabilidade observado nos últimos meses. Ele acredita que a tendência de queda deve ser retomada, porque a Lei 13.160, de julho de 2008, que permite o protesto de boleto de condomínio, mudou o comportamento dos inadimplentes. "Com a lei, os condôminos receiam ter seus nomes apontados nos serviços de proteção ao crédito, o que é muito positivo. Porém, nem mesmo a possilidade de protesto de boleto do condomínio tem conseguido frear a inadimplência", constata Gebara, que aconselha os síndicos e as administradoras a reforçarem as negociações de cobrança, buscando conscientizar os condôminos da importância desse pagamento para a manutenção da saúde financeira do prédio. |
IMOBILIÁRIAS FIRMAM PARCERIA E CRIAM A REDE IMÓVEIS
Objetivo é incentivar o cooperativismo entre as imobiliárias
Trabalho vai aprimorar o que vem sendo feito', afirma Pavan.
O boom do mercado imobiliário e a união de sete marcas do ramo criou a Rede Imóveis Americana, lançada oficialmente na sexta-feira (24), na sede da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana).
A prática reúne os imóveis colocados à venda e para locação em um único espaço, através de página na internet, além de possibilitar o cooperativismo entre corretores das diferentes bandeiras, que podem negociar também imóveis das parceiras envolvidas na iniciativa.
"A intenção da rede é motivar o cooperativismo e a realização de negócios em parceria", afirmou Fábio Santarosa, diretor-coordenador da Rede Imóveis Americana.
O interessado em adquirir algum imóvel pode escolher a imobiliária de sua preferência, que ficará responsável também pelo gerenciamento de todos os procedimentos da negociação, como a parte de documentação.
De maneira automática, as demais imobiliárias passam a trabalhar de forma interligada para efetivar o negócio.
"Cada uma das imobiliárias participantes tem disponível a carteira de imóveis de todas as outras para serem oferecidos ao mercado. O que acontece em conjunto é a divulgação de todos os imóveis disponíveis", explicou Santarosa.
A rede movimentará o trabalho conjunto de 30 corretores de imóveis de Americana, que passaram por treinamento específico destinado à modalidade.
O número de imobiliárias e administradoras de condomínios associadas à Acia chega a 89, de acordo com Santarosa, e a intenção é agregar mais participantes ao grupo.
"É um trabalho que vem aprimora o que já é feito pelas imobiliárias", comentou Germano Pavan Neto, presidente da Acia.
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AQUECIMENTO DO MERCADO IMOBILIÁRIO FAVORECE ADVOCACIA
A advocacia voltada ao segmento imobiliário está em alta, favorecida pelo bom desempenho da economia. Nunca se construiu e vendeu tantos imóveis no Brasil, a ponto de o país já aparecer no alto da lista dos maiores construtores imobiliários de todo o mundo. E com a economia em alta, cada vez mais um número maior de profissionais do Direito, de diferentes áreas de atuação, são chamados a respaldar negócios e iniciativas no mercado imobiliário e, ao mesmo tempo, intervir na tentativa de solucionar uma gama quase infindável de litígios decorrentes de tal aquecimento. Um círculo virtuoso, no sentido clássico empregado à expressão.
No ano passado, o volume de crédito habitacional para a compra ou construção da casa própria passou, pela primeira vez, a fantástica marca de R$ 200 bilhões - um crescimento de 45% em relação a 2010, quando o setor imobiliário também atingiu um patamar histórico, com 1,052 milhão de moradias financiadas com recursos das cadernetas de poupança e do FGTS, as duas principais fontes de crédito para a compra da casa própria. Tudo indica que o ritmo será mantido em 2012. Pelos números do Banco Central, o financiamento habitacional no Brasil corresponde a 4,8% do Produto Interno Bruto, um índice sem precedente, mas ainda bastante modesto quando comparado à média internacional.
Junto com a explosão de vendas, estão velhos e novos problemas que, invariavelmente, encontram no judiciário o caminho mais conhecido, embora quase nunca o mais rápido para a resolução de litígios. As estatísticas consolidadas por entidades que atuam na defesa do mutuário indicam que pelo menos três em cada dez prédios novos entregues ao comprador apresentam problemas de vícios de construção ou defeito na obra. Parte desses casos é resolvida por meio de acordo entre a construtora e o comprador, mas a grande maioria vai parar nos tribunais, com resultados duvidosos e demorados.
De certa forma, olhar pela janela e ver um prédio surgir praticamente do nada e olhar para a seção sobre direito imobiliário de uma boa livraria não difere muito. Tanto quanto o amplo segmento de compra e venda de casas e apartamentos, o mercado editorial jurídico também esbanja vitalidade. Na prateleira das grandes livrarias chama a atenção não apenas a grande quantidade de livros e autores que tem no mercado imobiliário o foco principal, mas também a diversidade dos temas abordados - das questões trabalhistas aos chamados vícios de construção, passando por questões que envolvem compra, venda, financiamento e crédito, registro e averbações, inventários e partilhas, tributação, condomínios e a própria atividade voltada à administração de bens imóveis, entre diversos outros tópicos presentes no dia a dia do cidadão (profissional ou não do mercado) e dos tribunais.
Não é uma tarefa fácil relacionar todos os lançamentos, mas com a ajuda da internet dá para listar alguns dos títulos, exclusivamente voltados ao mercado imobiliário, com maior evidência nas prateleiras, na doutrina e na jurisprudência. Não tem o rigor técnico de uma pesquisa, mas pode orientar na escolha de quem precisa manter-se atualizado com o tema, independente da área de atuação ou do lugar eventualmente ocupado no balcão. Eventuais sugestões, sempre bem-vindas, podem ser encaminhadas pelo e-mail ao final da página. Como a área é extensa, voltaremos ao assunto em uma próxima coluna.
A primeira sugestão de leitura é Direito Imobiliário, de Luiz Antonio Scavone Júnior, já em sua 4ª edição. O livro se destaca por oferecer ao leitor uma visão especializada do Direito sem jamais perder de vista a aplicação prática dos ensinamentos. Ao lado da legislação, da doutrina e da jurisprudência, o autor dedica boa parte das quase 1.400 páginas do livro para a abordagem de problemas cotidianos, como contratos de locação, financiamento imobiliário, vizinhança e convenções condominiais, entre muitos outros.
Curso de Direito Imobiliário, do advogado e professor Hércules Aghiarian, segue uma linha parecida, mas também se destaca por apresentar farta coletânea das decisões adotadas por diversos tribunais, especialmente pelo STF e pelo STJ. Em sua 11ª edição, o livro é voltado basicamente para advogados e outros profissionais do direito e tem sido utilizado nos cursos de graduação e pós-graduação de várias instituições de ensino.
Compra de Imóveis, de Bruno Mattos e Silva, vai direto ao ponto. O autor descreve o passo a passo para a aquisição da casa própria e enfatiza os cuidados necessários para que sejam reduzidos os riscos jurídicos inerentes ao negócio. Na prática, funciona como um manual para o comprador, ao mesmo tempo em que se mostra extremamente útil na chamada advocacia preventiva ou consultiva, uma vez que boa parte da abordagem do autor gira em torno dos aspectos que antecedem a compra do imóvel.
Direito Registral Imobiliário, do desembargador Venício de Paula Salles, por sua vez, é um livro mais voltado para especialistas e de leitura um pouco mais complexa. Entre os temas abordados, o autor destaca o processo de retificação do registro de imóveis e mostra que nem sempre a melhor informação é necessariamente aquela que aparece em documentos, contratos, transcrições ou matrículas, mas sim a que se encontra materializada pela implantação do imóvel no solo, por suas marcas e marcos, a que verdadeiramente indica "se o imóvel está onde sempre esteve". Por fim, mas sem a pretensão de esgotar a relação, aparece o Guia Prático do Corretor de Imóveis, de Sylvio Lindenberg Filho, ele próprio corretor e consultor do mercado imobiliário há quase três décadas. A rigor, o livro foi escrito como forma de orientar a venda, o que por si só justifica a leitura também por parte do eventual comprador de imóveis. Os cuidados e as recomendações servem para os dois lados do negócio, pois o sucesso de um não está dissociado do outro. Um dos destaques do livro é o capítulo reservado ao estudo do imóvel à venda (ou a ser comprado), onde o autor detalha os vários fatores que, no conjunto, ajudam na formação do preço final. É, por assim dizer, o ponto inicial de um longo processo de efeitos múltiplos sobre diferentes áreas da economia e do judiciário. Serviço:
Título: Direito Imobiliário - Teoria e Prática
Autor: Luiz Antonio Scavone Júnior
Editora: Forense Jurídica
Edição: 4ª Edição – 2011
Números de páginas: 1.384
Preço: R$ 243,00
Título: Curso de Direito Imobiliário
Autor: Hércules Aghiarian
Editora: Lumen Juris
Edição: 10ª edição – 2011
Número de páginas: 476
Preço: 120,00
Título: Compra de Imóveis
Autor: Bruno Mattos e Silva
Editora: Atlas
Edição: 8ª Edição – 2012
Número de páginas: 464
Preço: R$ 90,00
Título: Direito Registral Imobiliário
Autor: Venício de Paula Salles
Editora: Saraiva
Edição: 3ª Edição – 2012
Número de páginas: 262
Preço: R$ 70,00
Título: Guia Prático do Corretor de Imóveis
Autor: Sylvio Lindenberg Filho
Editora: Atlas
Edição: 2011
Páginas: 182
Preço: R$ 53,00
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ADMINISTRADORAS DE IMÓVEIS PASSAM À MARGEM DA CRISE
SÃO PAULO - As empresas que administram condomínios continuam crescendo ao largo da crise internacional. Ao contrário do cenário de incertezas externo, com o boom imobiliário no País e os investimentos em serviços mais dinâmicos, baseados em novidades tecnológicas, a previsão é de o setor ver incremento de 20% este ano, apoiado ainda na expansão para o nordeste e centro-oeste.
Para ampliar o atendimento profissionalizado aos grandes empreendimentos, a Manager Administração de Condomínios lançou este mês a Assembleia Digital, um sistema virtual que aumenta a interação entre condomínios e moradores sem que eles precisem adequar os seus horários às reuniões. Com a novidade o grupo espera aumentar em 20% o faturamento de R$ 6,5 milhões em 2011. "A Assembleia Digital é uma ferramenta inovadora para o mercado que agrega muitos benefícios aos condôminos como maior conhecimento do condomínio, melhoria de convivência além de favorecer processos administrativos", disse o diretor-executivo da Manager, Marcelo Mahtuk.
Através do site é possível passar editais de convocações, além de inscrição e eleição de presidente e secretário, discussão com as intervenções do mediador, formatação da proposta, votação e encerramento com a apresentação da ata. A Assembleia de Condomínio Digital foi aprovada por unanimidade e realizada, pela primeira vez no Brasil, no maior condomínio urbano de São Paulo, Villagio de Panamby, um empreendimento com 950 apartamentos.
São essas inovações que, de acordo com José Luiz Moura, professor de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e especialista em negócios imobiliários o setor deverá crescer a cima da média das construções no País. "É possível mensurar um crescimento a cima de 20% este ano", diz o especialista. Ele explica que a razão do crescimento é resultado de muitos anos de não profissionalização do setor. "Muito além de ingressar nas novas construções há uma gama de condomínios que só agora perceberam a importância de uma administradora responsável", declarou.
O professor afirma ainda que o setor movimentou cerca de R$ 5,2 bilhões em 2011 e o crescimento deve seguir em alta. "Pesquisas mostram cada vez mais novos negócios do setor, novas empresas entrando no mercado, muito pela demanda, e muito pelo baixo valor para iniciar um negócio", diz. E foi esta a aposta do cearense Luiz Vittal Silva, que abriu em janeiro de 2011 a Administradora Central. Com investimento na casa dos R$ 20 mil a empresa começou com dez funcionários e já triplicou de tamanho em um ano. "Começamos com apenas um contrato de administração, e hoje já estamos com cinco, triplicamos o número de funcionários, aumentamos a interatividade on-line e profissionalizamos serviços antes esquecidos na região".
"A ideia de investir nesse setor", explica o executivo, "veio quando notei um crescimento muito forte do mercado imobiliário no Ceará, por volta de 2010. Depois disso, juntei o capital inicial e começamos os trabalhos", disse.
A expectativa do empresário é fechar o ano com um faturamento médio de R$ 5 milhões, valor considerado alto para uma empresa tão recente. "Aproveitamos um mercado em crescimento, em uma região em crescimento, e deu certo", avalia.
Em média uma administradora cobra entre 5% e 7% do valor da arrecadação do condomínio e gerencia todas as folhas de pagamento, administração, logística e manutenção. "A ideia de uma boa controladora é ir além do simples síndico e zelador. Falamos de empresas com especialistas em economia, direito, logística e contabilidade. Cada vez mais parecido com uma empresa", diz Moura.
Atualmente, o setor conta com cerca de 220 mil empregos diretos e esse volume, para Silva, é reflexo de profissionalização que envolve novos cursos para o segmento, além de palestras organizadas pela associação do setor. "Na minha opinião, é necessário que as administradoras estejam cada vez mais capacitadas para atender o perfil dos novos empreendimentos", diz.
São Paulo em alta
E não é só o nordeste que apresenta altos níveis de crescimento, a verticalização da moradia em São Paulo também está impulsionando o crescimento em toda região metropolitana da cidade.
De acordo com uma pesquisa da Lello Imóveis, empresa de administração condominial, cerca de 20% dos empreendimentos são administrados por novos síndicos, que nunca tinham exercido o cargo antes e deparam-se com uma realidade diferente.
Segundo Márcia Romão, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, os novos ocupantes do cargo devem estar atentos a uma série de questões, incluindo as legislações federal, estadual e municipal que atingem os condomínios, e tomar algumas providências fundamentais para o início da gestao.
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5 RAZÕES PARA OS PREÇOS DOS IMÓVEIS SUBIREM EM 2012 - E 5 PARA ELES CAÍREM
SÃO PAULO - Os preços dos imóveis registraram forte valorização nos últimos anos, motivados, segundo especialistas, por uma série de fatores - entre eles, a estagnação de preços nos anos anteriores, a maior oferta de crédito e a ascensão das classes C e D.
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, a valorização atingiu 25,5% no Brasil, de acordo com o índice FipeZap. Mas será que ainda há espaço para mais alta? Há quem diga que sim e há quem tenha opinião contrária. Para você tirar suas próprias conclusões, especialistas listaram 5 motivos para que os preços dos imóveis subam este ano - e 5 para que eles caiam (ou fiquem estáveis).
Motivos para que os preços subam:
Para o CEO da Vitacon Incorporadora, Alexandre Lafer Frankel, os imóveis devem continuar se valorizando em 2012. Confira as razões apresentadas pelo executivo:
Crescimento e estabilidade econômica
O crescimento da economia brasileira e a estabilidade econômica atingida pelo País nos últimos anos continuarão a ser, na opinião de Frankel, os principais drivers para o aquecimento do mercado imobiliário e o consequente aumento dos preços dos empreendimentos. Queda na taxa de juros
A queda da Selic (taxa básica de juro) também tende a estimular a economia e aumentar a procura por crédito, fazendo com que os preços dos imóveis continuem em trajetória ascendente. Escassez de terrenos
Para o executivo, a escassez de terrenos, principalmente nos grandes centros urbanos, deve continuar fazendo com que os imóveis sejam negociados a preços elevados. Isso porque, ao comprarem terrenos cada vez mais escassos, as incorporadoras e construtoras precisam repassar os custos para os compradores, ocasionando uma elevação do preço das unidades lançadas.
Capacidade de consumo e crédito
A ascensão das classes C e D e a capacidade de consumo do brasileiro, aliadas à boa oferta de crédito, continuarão impulsionando o preço dos imóveis para patamares mais elevados em 2012, acredita o executivo. Aumento de preços de mão de obra e materiais.
Por fim, na opinião do CEO da Vitacon, o aumento de preço de mão de obra e dos materias de construção deve ser outro motivo para que o preço dos imóveis suba este ano.
Motivos para os preços caírem (ou ficarem estáveis)
Já o vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e autor do Livro "Imóveis, Seu Guia Para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio", Luiz Calado, aponta alguns motivos para que os preços fiquem estáveis ou até mesmo caiam em 2012.
Grande oferta de imóveis
O especialista ressalta que nunca se construiu tantos empreendimentos imobiliários quanto agora. "Hoje já vemos muitos empreendimentos prontos, com vários apartamentos disponíveis para a venda", diz. Segundo ele, é interessante acompanhar de perto os relatórios anuais das empresas incorporadoras, para ver se o estoque aumentou. "Se aumentou, é sinal de que a demanda diminuiu - ou que construíram mais do que a demanda", afirma. Os preços já atingiram níveis muito altos
Calado também aponta que os preços dos imóveis chegaram a um patamar muito alto. "Prova disso é que os brasileiros já começam a achar atrativos os preços nos Estados Unidos", pontua. Condições de crédito
De acordo com o especialista, as condições de crédito e limite para uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de R$ 500 mil, também continuam sendo impeditivos para as pessoas financiarem os imóveis. Demanda menor
O especialista também ressalta que havia uma demanda reprimida por imóveis, mas não era uma demanda infinita. "Hoje muita gente já comprou o seu imóvel. É claro que sempre vai ter mais gente para comprar, mas o que vimos nos últimos anos foi um "boom", com todos querendo comprar. Os lançamentos eram vendidos em um final de semana", exemplifica. Preço mais estabilizado dos terrenos
O coordenador do curso de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Júnior, também aponta que não há nenhuma razão para que os imóveis continuem subindo este ano. Segundo ele, entre os motivos para que os preços caiam ou permaneçam estáveis, está o fato de que os terrenos, apesar de escassos, estão com preços mais estabilizados. "Hoje há um maior equilíbrio, algo que não acontecia algum tempo atrás. Com muitas empresas disputando poucos terrenos, eles acabaram ficando muito mais caros e inflando o preço dos imóveis", ressalta.
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CRECI: VENDA DE IMÓVEIS USADOS CRESCE 44,96% NO ESTADO DE SÃO PAULO
O mercado de imóveis usados do Estado de São Paulo registrou forte recuperação das vendas em novembro, que foram 44,96% maiores que em outubro segundo pesquisa com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). As imobiliárias consultadas venderam 1.115 imóveis, o que fez o índice estadual de vendas saltar de 0,5250 em outubro para 0,7611 em novembro. Em outubro, as vendas tiveram queda de 18,29% em relação a setembro.
"Importante é observar o desempenho acumulado no ano, expurgado das variações sazonais, onde se vê claramente que 2011, até novembro, foi um ano positivo para o mercado de usados no Estado", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. De janeiro até novembro, o volume de imóveis negociados no mercado imobiliário paulista é positivo em 26,50%. "É muito provável que o ano feche no azul, sem sinal de crise", completa.
Outro indicador importante do bom comportamento do mercado de imóveis usados em São Paulo é o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/Crecisp), composto por todos os valores de venda e locação levantados pela pesquisa CRECISP. Em novembro, o índice teve variação positiva de 12,11%, que sobe para 13,8% no acumulado de 2011. As vendas cresceram nas quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa CRECISP. O aumento foi de 28,18% na Capital, de 33,17% no Litoral, de 62,31% no Interior e de 52,05% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. Apartamentos lideram vendas
Os apartamentos foram os imóveis que as imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP mais venderam em novembro no Estado de São Paulo - 52,65% do total de vendas. As casas ficaram com os restantes 47,35%.
Os imóveis mais vendidos na Capital, com 64,35% dos negócios formalizados, foram os de valor superior a R$200 mil. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, a faixa de valor até R$200 mil concentrou 51,50% das vendas. No Interior e no Litoral, os mais vendidos foram os imóveis de até R$180 mil, com 55,83% e 57,25%, respectivamente.
Os financiamentos predominaram entre as várias formas de pagamento utilizadas para a aquisição de casas e apartamentos em três das quatro regiões do Estado. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, foram financiados 75% dos imóveis vendidos, percentual que foi de 56,56% no Interior e de 53,19% na Capital. No Litoral, a maioria das vendas, 50%, foi feita à vista.
A pesquisa CRECISP encontrou em Araçatuba o imóvel com menor valor de metro quadrado vendido em novembro no Estado. Casas de 1 dormitório situadas em bairros da região central foram vendidas pelo preço mínimo de R$354,17 e máximo de R$1.500,00. Entres os imóveis mais caros de novembro, destacou-se um apartamento de 3 dormitórios na área central de Osasco, vendido por R$13.136,29 o metro quadrado.
Locação residencial segue em alta com 7,20% a mais de novos contratos.
O mercado de locação residencial manteve-se em crescimento em novembro no Estado de São Paulo. O número de novas locações, que havia crescido 10,77% em outubro, aumentou 7,20% em novembro segundo pesquisa feita com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP).
As imobiliárias alugaram 3.160 imóveis, o que fez o índice estadual de locação subir de 2,0122 em outubro para 2,1570 em novembro. As casas predominaram sobre os apartamentos, com 1.885 unidades, o equivalente a 59,65% do total. Apartamentos somaram 1.275 unidades, ou 40,35% das unidades alugadas.
O desempenho foi positivo em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa CRECISP: Interio r (+ 15,68%), Litoral (+ 13,90%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 7,31%). Na Capital, houve queda de 5,66%.
Os imóveis mais alugados na Capital em novembro foram os de aluguel mensal até R$1.000,00, com 54,91% do total de novos contratos. Já as casas e apartamentos com aluguel de até R$800,00 predominaram no Interior (56,82%), no Litoral (50,22%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (64,38%).
Inquilinos devolveram para as imobiliárias pesquisadas 1.866 imóveis, o equivalente a 59,05% das novas locações. A maioria delas adotou o fiador como instrumento de garantia de pagamento do aluguel em caso de inadimplência - ele esteve presente em 85,79% dos contratos formalizados no Interior, em 43,17% no Litoral, em 36,09% na Capital e em 46,02% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.
A inadimplência aumentou 24,18% em novembro no Estado - estava em 3,39% do total de contratos em vigor e m outubro e subiu para 4,21% em novembro. A pesquisa CRECISP constatou que 68,51% das novas locações em novembro se concentraram em bairros da região central das 18 cidades pesquisadas no Interior, diluindo-se as demais pelas áreas nobres (10,56%) e por bairros das regiões mais periféricas (20,93%).
O imóvel com menor aluguel - R$150,00 - em novembro no Estado foi um apartamento de um dormitório localizado em bairro da periferia de Santo Andre. O aluguel mais caro foi encontrado em Ilhabela, onde uma casa de quatro dormitórios foi alugada por R$10.000,00 mensais.
A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatat uba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
Fonte: Creci
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