CONDOMÍNIOS SE COMPORTAM COMO EMPRESAS

Hoje em dia é muito comum as pessoas pensarem em um apartamento ou vilas fechadas residenciais para morar do que numa casa de rua. Por conta disso, os condomínios vêm aprimorando cada vez mais os seus serviços para satisfazer a esses moradores, tudo porque, em pleno século 21, os conjuntos habitacionais são como empresas em grande funcionamento.

Em outras palavras, um condômino não são apenas casas ou apartamentos dividindo o mesmo espaço, ele também ganha o status de cliente. Uma prova disso é a crescente busca dos síndicos destes conjuntos habitacionais por serviços terceirizados, que registram um aumento anual de 25% a 30% na procura. São "empresas" que precisam gerenciar pessoas e recursos e ainda lidar com situações e questões jurídicas, trabalhistas, fiscais e operacionais.

Segundo Amilton Saraiva, da GS Terceirização, a porcentagem dos novos prédios que contratam serviços terceirizados chegam a 70%, entre portaria, segurança, manutenção e até administração. "Num condomínio grande, com muitas demandas, não dá para esperar que um morador cuide de tudo. Ninguém tem tempo para fazer esse trabalho hoje em dia.", afirma.

Em alguns condomínios, a ocupação destes funcionários chega a ser de 99% para prestar atendimento aos moradores, bem como realizar serviços de limpeza geral. Inclusive é possível encontrar até professores de educação física para dar apoio à academia do prédio. Muitos contam que acabam não conhecendo o funcionário, porém nenhum deles registra alguma queixa em relação ao serviço que está sendo prestado.

Um condomínio se assemelha a uma empresa principalmente na parte administrativa. Ricardo Soares, síndico de um condomínio da Zona Sul de São Paulo, garante que o fato é hoje uma realidade e que deve funcionar perfeitamente se houver comprometimento de todas as partes. "Se não houver profissionalismo e seriedade na gestão do condomínio por parte do síndico, conselho e administradora, a empresa (condomínio) passa a não funcionar bem e os maus resultados começam a aparecer.", conta.

Além disso, a segurança, hoje um dos quesitos mais importantes que definem se uma pessoa irá morar no condomínio, também pode ser feita por uma empresa terceirizada, o que garante mais comprometimento e pessoas especializadas no trabalho.

Jorge T. Margueiro, da GS Terceirização alerta aos cuidados que se deve ter para garantir a segurança e a tranquilidade dentro e fora do condomínio nestes tipos de serviços. "Inicialmente, solicitar levantamento técnico por empresa especializada para elaboração de um projeto de segurança e que deve conter o conjunto de medidas de acordo com as características do condomínio.", ressalta.
Se o serviço prestado não funciona devidamente, assim como em uma empresa, os "negócios", no caso dos prédios, a manutenção e conservação além de déficits financeiros começam a ficar em situações precárias. "Condomínio limpo e seguro, condôminos satisfeitos. Condômino satisfeito é aquele que não reclama dos serviços, pelo simples fato de achar que o serviço que está sendo entregue está atendendo o que foi contratado", completa o síndico Soares. Para mais informações acesse: www.gsterceirizacao.com.br

MERCADO DE IMÓVEIS DEVE CRESCER NO RITMO DO PIB

Para presidente do Secovi, não há mais muito espaço para aumentos exagerados nos preços

O crescimento do mercado imobiliário deve, a partir deste ano, ser bem próximo à expansão da economia. Para o presidente do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Cláudio Bernardes, em 2012 o volume de vendas será entre 3,5% e 4% maior que o registrado em 2011.

"E essa é uma tendência. Cada vez mais a variação do mercado ficará próxima do desempenho do PIB (produto interno bruto)", disse Bernardes, que participou ontem da cerimônia de entrega do prêmio Top Imobiliário, promovido pelo Grupo Estado.

Se depender do financiamento da Caixa, a demanda por novos imóveis não vai esfriar, já que a oferta de crédito vai crescer neste ano. Segundo Paulo José Galli, superintendente regional da Caixa, o banco trabalha para tentar superar a estimativa de volume de crédito contratado para este ano - inicialmente projetada em R$ 90 bilhões, crescimento de 12% em relação a 2011.

Bernardes, do Secovi, salientou, no entanto, que o forte ritmo de crescimento nas vendas imobiliárias registrado nos últimos cinco anos não é sustentável. "É óbvio que uma acomodação ocorrerá", frisou.

Marcos Vinicius Vaz Bonini, diretor de expansão, marketing e relacionamento da Comgás, concorda com o presidente do Secovi-SP. O executivo disse que, em 2011, dos 110 mil novos clientes da Comgás, metade veio de novos imóveis. No entanto, disse, caso o ritmo de crescimento seja menor, a Comgás sentirá qualquer impacto apenas a partir de 2014. Isso porque a companhia trabalha com os prédios que já estão em pé.

Embora haja a expectativa de crescimento menor nas vendas, Bernardes acha que os preços não vão cair: "Não há espaço para novas altas. Mas também não há para quedas", afirmou.

Mão de obra. A escassez de terreno na capital paulista e a falta de mão de obra qualificada, por sua vez, são preocupações das construtoras. Ernesto Zarzur, presidente da EZTec e vencedor do Top Imobiliário na categoria Personalidade do Ano, disse que qualificar os funcionário é rotina em sua empresa. "Não encontramos ninguém pronto para começar", disse. "Temos na EZTec uma verdadeira escola que alfabetiza e treina, na própria obra, o funcionário para as funções que temos necessidade." A procura por terrenos na Grande São Paulo é outra atividade que tornou-se rotineira na EZTec. "Aqui na capital tem sido cada vez mais difícil", admitiu Zarzur.

Com o arrefecimento no ritmo de alta nos preços, o imóvel também não será mais tão atrativo como investimento. "É uma aplicação segura e continuará sendo. Mas certamente a alta no preço não atingirá os níveis que já atingiu", disse Bernardes. "Ainda assim, continuará vantajoso."

Prêmio. O Top Imobiliário está em sua 19.ª edição, e é uma realização do Grupo Estado, com o apoio da Caixa e da Comgás e parceria do Secovi-SP e da Embraesp. "Prestigiamos este setor com o prêmio justamente pela grandeza que ele tem e sua importância na economia nacional", disse o diretor-presidente do Grupo Estado, Silvio Genesini. Neste ano, foram eleitas as empresas PDG Realty, na categoria Incorporadoras; a MRV, entre as construtoras; e a Lopes, na categoria Vendedoras.

FGTS INJETA R$ 36,7 MILHÕES NO SETOR

Dados se referem aos dois primeiros meses do ano e representam um aumento de 18,1% sobre 2011

A utilização do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para adquirir a casa própria foi a responsável por injetar R$ 36,7 milhões no mercado imobiliário da região de Campinas no primeiro bimestre de 2012. O total é 18,1% superior ao utilizado nos dois primeiros meses do ano passado, R$ 31,1 milhões.

No primeiro bimestre de 2011 foram realizados 4.551 saques, número que saltou para 5.848 no acumulado deste ano. Os números foram divulgados pela Caixa Econômica Federal e se referem a 18 cidades da RMC - Itatiba ficou de fora, além dos municípios de Rio das Pedras, Mombuca, Rafard, Capivari e Elias Fausto. Em relação ao número de saques, o crescimento foi ainda maior e chegou a 28,5%.

Em janeiro deste ano, foram 3.122 saques, que totalizaram R$ 19,6 milhões, enquanto que no primeiro mês de 2011 o uso do FGTS para a casa própria foi de R$ 14 milhões em 2.208 saques. O valor utilizado em janeiro deste ano é 39,4% que o do ano passado. Já em fevereiro foram 2.726 saques, atingindo o montante de R$ 17.168.845. Valor semelhante ao do mesmo período de 2011, que foi de R$ 17.081.345 em 2.343 saques.

“O governo adotou um conjunto de políticas para estimular a área de habitação, com juros baixos e aumento na oferta de crédito, além da criação de programas habitacionais. Como o valor do aluguel está muito alto, é preferível pagar uma casa própria e pagar uma prestação”, explicou o economista e professor da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), Cândido Ferreira da Silva Filho.

REPERCUTE

Para o presidente da Habicamp (Associação Regional da Habitação), Francisco de Oliveira Lima Filho, o uso do FGTS tem facilitado a venda de imóveis e ajudado a aquecer o mercado, principalmente através do programa Minha Casa Minha Vida. “É mais uma busca e um nicho de mercado. Automaticamente, o custo cai um pouco e dá uma disponibilidade no mercado, fica mais fácil compar. Sem dúvida, o programa Minha Casa Minha Vida também ajudou nesse aumento do uso do FGTS, já que as classes mais baixas têm utilizado esse mecanismo”, disse Lima Filho.

Os recursos do FGTS podem ser utilizados para financiamento, pagamento total ou parcial do imóvel e para pagamento de lance na obtenção da Carta de Crédito. Para utilizar o fundo, o trabalhador não pode ser proprietário de imóvel residencial, concluído ou em construção, e não possuir imóvel financiado pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) em qualquer parte do território nacional. Além disso, é necessário comprovar tempo de trabalho mínimo de três anos sob regime do FGTS. O valor do imóvel não pode ultrapassar R$ 500 mil.

DICAS PARA O CONSUMIDOR QUE QUER COMPRAR IMÓVEL COM SEGURANÇA

Secovi-SP alerta: bom senso, pesquisa e muito diálogo são essenciais para evitar problemas

Comprar um imóvel, seja na planta, pronto ou usado, requer do interessado muita pesquisa, visitas a inúmeros estandes de vendas, comparação de preços e projetos, e diálogo com parentes e amigos. “O pior negócio é adquirir uma unidade habitacional por impulso. Antes de tudo é preciso fazer as contas e ver se as prestações do financiamento cabem no bolso”, enfatiza João Crestana, presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Mas não basta somente ter condições de pagar. O comprador também deve avaliar se o imóvel de interesse atende às suas necessidades de moradia, e se há no entorno do empreendimento escolas, hospitais, transporte público, dentre outros requisitos. “Visitar o local escolhido de dia e à noite também faz parte do processo anterior à assinatura do contrato. Não tenha pressa, porque, na média, o brasileiro compra dois imóveis durante a vida. Esse motivo já é suficiente para o consumidor ser cauteloso”, orienta o dirigente do Sindicato.

Não se pode esquecer que em edifícios há o rateio de despesas entre os moradores (taxa condominial) e no momento de receber as chaves existem despesas cartoriais e com a prefeitura.

Pensando no consumidor e em orientá-lo nesse momento decisivo, o Secovi-SP elaborou dez dicas fundamentais para uma compra segura e responsável. As informações são simples e de fácil entendimento. Confira:

1) Decida-se pela região onde quer morar e, principalmente, quanto pretende e pode gastar com a compra do imóvel. Lembre-se: a aquisição da moradia é um dos passos mais importantes na sua vida e precisa ser dado com segurança, com muito debate junto ao cônjuge e filhos. Leve em conta as necessidades futuras da família.

2) Escolha o tipo de imóvel que pretende adquirir: usado, novo ou na planta. Pense na metragem do imóvel, se quer casa ou apartamento (andar baixo ou alto, de frente, de fundo ou tanto faz), número de vagas de garagem, com ou sem varanda, ampla ou nenhuma área de lazer (piscina, salão de festas, jogos). Se escolher condomínio, pense até quanto pretende ou pode pagar de taxa de rateio de despesas.

3) Faça suas contas. A hora é boa também para pensar na melhor forma de financiamento. Com banco ou parcelado com a construtora? Pretende usar recursos do FGTS? Se o imóvel for novo ou usado, há sempre a opção de obter financiamento bancário (os sites de vários bancos oferecem simuladores das parcelas do financiamento). Caso disponha de uma boa reserva financeira – ou algum bem que possa ser vendido, como carro – é possível utilizá-la na entrada da compra do imóvel.

4) Decidido, visite o local escolhido e verifique quais empreendimentos existem no local. Aproveite e analise a infraestrutura disponível na região, bem como os serviços oferecidos, como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas de ônibus e metrô próximos, parques e outras áreas de lazer. Visite o empreendimento durante o dia e, principalmente, à noite. Não tenha pressa. Vá a estandes de vendas, visite decorados, converse com corretores e pense muito, pois a decisão tem de ser responsável e exclusivamente da sua família. Depois de percorrer a região escolhida não tenha medo de expandir horizontes e procurar imóveis em bairros próximos. A internet também é uma ótima opção para quem busca imóveis. Visite sites especializados na venda de imóveis, de imobiliárias, construtoras e incorporadoras.

5) Ao optar pela compra de um usado, seja firme com o corretor quanto às suas definições do tipo de imóvel. Dê preferência ao profissional que conhece o imóvel. Peça informações a ele antes de marcar a visita. Se estiver fora das suas especificações, não vá. Evite também ficar nas mãos de muitos profissionais. Prefira o sistema de exclusividade (em que o imóvel está disponível em apenas uma imobiliária).

6) Se o imóvel for novo ou na planta, usualmente o valor da comissão é cobrado separadamente do preço. Se o imóvel for usado, a comissão é paga pelo vendedor, mas saiba que caberá a você o pagamento da comissão proporcional ao valor do seu imóvel dado como parte do pagamento. Nesse momento é importante não se envolver emocionalmente com o dono do imóvel que vai comprar. Deixe que o corretor negocie.

7) Na hora de apresentar uma proposta, ponha-se no lugar do vendedor. Evite propostas absurdas, como descontos elevados, por exemplo. Se ele aceitar, deve haver algo errado. Certifique-se do que está e do que não está incluído no valor e converse abertamente, evitando constrangimentos futuros. Questione aquilo que não entender e exija respostas claras e precisas. Muita atenção com os documentos do imóvel e do proprietário, que devem preferencialmente ser analisados por um advogado de sua confiança.

8) Ao escolher comprar um imóvel na planta, pesquise a história e a atuação da empresa construtora/incorporadora e, se possível, visite uma obra já entregue por ela. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor e antes de assinar o contrato de Compra e Venda. Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Condomínios e Incorporações) e submeta-a a um advogado conhecido. Apesar de conterem basicamente as mesmas cláusulas, não é demais a análise de um especialista em mercado imobiliário. Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o serviço em seus sites.

9) Programe-se. Os valores das prestações pagas durante o período da construção do empreendimento podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor. Atenção: até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo INCC ou CUB. Após a entrega das chaves, você terá a opção de quitar a dívida, usar os recursos do FGTS para amortizar parte do valor – caso seja a aquisição do primeiro imóvel – e financiar o restante com o banco. Há taxas atrativas e prazos longos disponíveis no mercado. O fundamental, no entanto, é que a parcela – fixa ou reajustável - caiba no seu bolso.

10) Após a liberação do financiamento, a assinatura da escritura do imóvel e a entrega das chaves, o comprador tem de pagar o ITBI à Prefeitura e as taxas de registro cartorárias. Juntas, elas correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra do imóvel. Programe-se e faça uma reserva financeira. Nunca deixe de registrar sua escritura no Registro de Imóveis, mesmo que não tenha contratado financiamento. Mais: quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são diferentes para os vários componentes.


BANCOS TENTAM MELHORAR PRODUTOS E ATENDIMENTO

Sem espaço para a redução da taxa de juro aplicada nos financiamentos imobiliários, os bancos travam concorrência pelo cliente por meio da melhoria de produtos, processos e qualidade do atendimento. As instituições afirmam que já operam com taxa de juro bastante reduzida. Hoje, o principal funding para o crédito imobiliário brasileiro, a caderneta de poupança, tem custo de captação pré-fixado, portanto, não acompanha diretamente a variação da taxa Selic, em ritmo de queda.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, afirma que as grandes construtoras devem repetir o mesmo volume de lançamento em 2011. Assim, a estimativa de incremento do crédito imobiliário está na faixa dos 30% em 2012, não tão forte como nos dois anos anteriores quando o percentual chegou a 65%, em 2010, e 42%, em 2011.

A expansão de 30% permite que os recursos da caderneta de poupança sejam suficientes, pelo menos, para os próximos dois anos. Com os recursos da poupança, a taxa de juro praticada nos financiamentos imobiliários continua variando de 8% a 10% ao ano. "À medida que a taxa Selic for caindo, haverá maior o estímulo à securitização (conversão de uma dívida em título), como funding alternativo aos recursos da caderneta de poupança. O setor está tomando todas as medidas para fortalecer os instrumentos de securitização."

Segundo o diretor de habitação da Caixa, Teotonio Rezende, em 2011, a instituição aplicou um total de R$ 80,1 bilhões em crédito imobiliário. Para 2012, a meta considerada conservadora, é aplicar em torno de R$ 86 bilhões. As linhas de financiamento da Caixa atendem todos os segmentos, desde a baixíssima renda até a classe média e alta.

"Em 2012, nossos investimentos estão voltados à melhoria de processos com o objetivo de facilitar e agilizar o atendimento aos clientes. Nossas condições de financiamento são favoráveis - prazo de até 30 anos, quota de até 90% para habitação de mercado e de até 100% para habitação social e taxa de juro oscilando de entre 8,1% e 10 % ao ano, de acordo com o produto, quando os recursos são oriundos da caderneta de poupança."

No Banco do Brasil, a taxa de juros média praticada no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da caderneta de poupança, foi de 8,7% em 2011 - percentual mantido nos primeiros meses de 2012. "Para facilitar o processo de financiamento entre cliente e banco, a redução do prazo é uma das iniciativas para o maior número de empréstimos imobiliários em 2012. O prazo médio para que o cliente tenha o financiamento contratado é de 20 dias", diz o diretor da área de crédito imobiliário, Gueitiro Matsuo Genso.

A expectativa do BB é atingir R$ 14 bilhões em operações contratadas em 2012. No final de 2011, a carteira de financiamento imobiliário encerrou o ano com saldo de R$ 7,64 bilhões, entre empréstimos para pessoas físicas e jurídicas, mais 124% em relação a dezembro de 2010.

No Itaú Unibanco, o diretor de crédito imobiliário, Luiz Antonio França, diz que o diferencial do financiamento imobiliário na instituição é a velocidade na contratação do crédito e a taxa de juro que varia conforme o credit scoring, sistema de pontuação que avalia o comportamento e histórico do cliente. França afirma que se todos os documentos forem entregues em ordem, em menos de uma semana, o cliente recebe o contrato imobiliário. No fim de 2011, o saldo de operações contratadas em financiamento imobiliário no banco, incluindo pessoas físicas e jurídicas, somou R$ 20 bilhões, 60% superior a 2010.

Com melhorias no produto, otimização do sistema e investimento em uma equipe especializada para atuar no financiamento imobiliário, o Bradesco tem o objetivo de aumentar o volume de empréstimos para a compra da casa em até 20% em 2012, afirma o diretor do crédito imobiliário do banco, Claudio Borges. No ano passado, os financiamentos imobiliários da instituição alcançaram R$ 14,9 bilhões entre pessoas físicas e jurídicas, mais a 60% sobre 2010.

No Santander, o saldo de crédito imobiliário para pessoas físicas e jurídicas somou R$ 12,6 bilhões no ano passado, 47% superior ao de 2010. Segundo diretor de crédito imobiliário, José Roberto Machado, em 2012, há a expectativa de crescimento em função de diferentes iniciativas: redução do tempo de contratação do financiamento, lançamento de produtos inovadores como o seguro desemprego para os empréstimos imobiliários concedidos, benefícios no crédito imobiliário Van Gogh e oportunidade geradas pelo WebCasas - site do mercado imobiliário para a compra, venda e aluguel.

Com 93 pontos de vendas pelo, a BM Sua Casa - empresa especializada em crédito imobiliário, pertencente ao grupo Brazilian Mortgages - tem espera atingir R$ 1,2 bilhão em financiamentos imobiliários este ano, o dobro dos R$ 630 milhões de 2011 para pessoas físicas, diz o diretor da Brazilian Mortgages Companhia Hipotecária, Vitor Bidetti. No segmento de pessoa jurídica, a BM Sua Casa atende ao pequeno e médio incorporador em todo Brasil, com uma carteira de crédito de R$ 1 bilhão disponível às empresas. A qualidade no atendimento, a rapidez do processo da negociação e abertura das lojas nos fins de semanas são alguns dos trunfos da BM Sua Casa.

SP: FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO SUPERA COMPRAS DE IMÓVEIS À VISTA EM QUASE TODO O ESTADO

SÃO PAULO – O financiamento imobiliário superou as compras à vista de imóveis usados em quase todas as regiões do estado de São Paulo analisadas pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) em novembro do ano passado.

De acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira (15), na região que compreende o ABCD, Guarulhos e Osasco, a maioria (75%) das vendas de imóveis usados registradas no mês de novembro do ano passado foi feita por meio de financiamentos, enquanto os pagamentos à vista chegaram a 24,49%.

No interior, os imóveis financiados também representaram mais da metade (56,56%) do total vendido, enquanto os pagamentos à vista corresponderam a 39,32%.

Já na capital paulista, 53,19% dos imóveis vendidos em novembro de 2011 utilizaram o financiamento como forma de pagamento, enquanto 42,73% das vendas foram à vista.

Apenas no litoral do estado essa situação se inverte, pois foram as compras à vista que predominaram. Essa modalidade representou 50% dos imóveis comprados. Outros 45,36%% foram comprados por meio de financiamento.

Financiamento pela Caixa

A pesquisa do Creci-SP ainda aponta que os financiamentos feitos pela CEF (Caixa Econômica Federal) prevalecem. Neste caso, em novembro, a região do ABCD, Guarulhos e Osasco se destacou novamente, pois, no conjunto destas cidades, as transações feitas pelo banco representaram 57,86% das vendas.

No interior, 48,06% das vendas foram financiadas pelo banco e, na capital paulista, 34,55% financiaram o imóvel usado por meio da Caixa.

Já no litoral, os financiamentos feitos pela Caixa chegaram a 38,57% do total das comercializações.

Outras formas de pagamento

Ainda segundo o Creci-SP, os paulistas também negociaram a compra do imóvel usado diretamente com o proprietário. Na capital, 3,18% das vendas foram feitas dessa forma.

No interior, 3,88% das vendas foram feitas diretamente com o proprietário. No litoral a participação atingiu 4,29%. Já na região do ABCD, Guarulhos e Osasco, não houve negócios diretamente com o proprietário.

Quanto às vendas por meio de consórcios, as participações foram de 0,91% na Capital, de 0,24%, no interior, de 0,51%, nas cidades do ABCD paulista, Guarulhos e Osasco, e de 0,36% no litoral.


SP: FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO SUPERA COMPRAS DE IMÓVEIS À VISTA EM QUASE TODO O ESTADO

São muitas as variáveis que influenciam o valor de um imóvel, como a localização, as condições da construção, a idade da propriedade, o valor sentimental do bem, ou o valor do metro quadrado. A dificuldade de se chegar ao valor real, que agradaria comprador e vendedor, faz com que a negociação seja, em muitos casos, mais demorada, com as duas partes tentando ao máximo buscar um valor mais vantajoso. No caso do vendedor, a preocupação maior deve ser de eliminar as variáveis que possam desvalorizar o imóvel, e não "chutar" o preço para cima, segundo o presidente do Conselho dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto.

Para ele, não há alternativas que tornem o valor da propriedade muito superior, sobretudo por conta do valor do metro quadrado indicar qual é o preço de mercado aproximadamente. "A preocupação (do vendedor) é de não desvalorizar o imóvel, e não de valorizá-lo, porque o preço do metro quadrado é o mesmo", afirmou Viana.
Reforma

Uma das questões presentes na negociação são as condições do imóvel e a necessidade de se realizar reformas, que podem ser estruturais, como um problema de tubulação, ou de acabamento, como a recolocação de azulejos, por exemplo. O vendedor deve pensar duas vezes antes de ele próprio executar o reparo, porque o serviço pode não ficar de acordo com o que o futuro comprador deseja, e isso pode atrapalhar a negociação. "Qualquer reforma é jogar dinheiro fora. Vale dar o desconto. O azulejo que você colocou pode não agradar. Se ele (comprador) vê que pode colocar o azulejo que quiser, e ainda está recebendo um desconto por isso, fica mais fácil", disse Viana.

Além disso, não há reforma que justifique uma valorização da propriedade. É como um veículo que será negociado. Por mais que o vendedor tenha equipado o automóvel, por exemplo, com um aparelho de som com um preço muito superior ao que o veículo oferecia quando saiu da fábrica, seu valor de mercado será igual ao de outro carro nas mesmas condições, e que não tenha o mesmo equipamento.
Horário e limpeza

Por outro lado, vale a pena o vendedor se atentar a detalhes menores, de aparência, na hora de apresentar o imóvel à pessoa interessada. Algumas situações e condições podem gerar uma má impressão ao comprador e dificultar ainda mais a negociação. Escolher o melhor horário de iluminação para apresentar o imóvel e mantê-lo sempre limpo e arejado são sugestões. O presidente do Creci-SP lembra ainda que o cuidado deve ser maior quando o proprietário ainda reside na propriedade que deseja negociar. "Nunca fazer a visita na hora da refeição. Pode gerar uma má impressão por causa de um cheiro de fritura, por exemplo. Ou por conta de um cachorro que fique latindo", lembrou.

Desconto
Em relação ao desconto na hora da venda, existe no mercado a prática de o vendedor elevar o valor que deseja, apenas para dar um desconto. No entanto, em vez de auxiliar na negociação, a estratégia pode ser um fator que desestimule o possível comprador de conhecer o imóvel. Segundo Viana, na maioria das negociações, que não envolve investidores, o preço não é o principal, mas sim a necessidade de concretizar a compra para adquirir outra propriedade que se adeque mais às necessidades do proprietário.

Neste caso, desde que esteja dentro do planejamento do vendedor, o desconto pode acelerar o processo de negociação e ser bom para as duas partes. "Às vezes eu não faço um desconto de 5%, e vou deixar de vender o imóvel por seis meses. Vale a pena fazer o desconto e tocar para frente", concluiu o presidente Creci-SP.


LANÇAMENTO - CONDOMÍNIO FECHADO - VARANDAS DOS JEQUITIBÁS - HOME RESORT

O Loteamento Fechado projetado como um Resort, integra de forma harmoniosa a vida da metrópole com a natureza exuberante, em ter...