APÓS BB E QUEDA DA SELIC, CAIXA ECONÔMICA FAZ NOVA REDUÇÃO DE JUROS


A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira uma nova redução de juros. A medida atinge juros tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

As justificativas da Caixa são as mesmas do Banco do Brasil, que ontem também anunciou uma nova redução nos juros: a queda na Selic.


Na quarta-feira, o Banco Central anunciou a redução de 9,75% para 9% dos juros do governo, piso das taxas, o menor patamar em dois anos.

Também da mesma forma que o BB, as novas taxas passam a vigorar na próxima segunda-feira (23).

De acordo com o banco, a redução para pessoas físicas abrange os juros mínimos e máximos para empréstimo consignado para aposentados INSS e as taxas mínimas para financiamento de veículos e crédito pessoal.

Para pessoa jurídica, a redução atinge produtos para micros, pequenas e médias empresas.

A Caixa também lançou um programa de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou ontem que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.

VEJA AS NOVAS TAXAS, EM % AO MÊS

Pessoa Física
Juros atuais
Juros a partir de 23.abr
Consignado INSS taxa mínima
0,84%
0,75%
Consignado INSS taxa máxima
1,80%
1,77%
Crédito pessoal (CDC salário) taxa mínima
2,39%
1,80%
Financiamento veículos taxa mínima
0,98%
0,89%
Pessoa Jurídica
Juros atuais
Juros a partir 23.abr
Capital de giro (crédito especial empresa pré)*
min. 1,47% e max 2,69%
min 1,37¨% e max 2,05%
Capital de giro (crédito especial empresa pós)*
min 1,39% a max 2,63%
min 1,29% e max 1,99%
Antecipação de recebíveis imobiliários (Construgiro)**
min 1,01% e max 1,50%
min 0,97% e max 1,46%

* com garantia do FGO (Fundo Garantidor de Operações) ** para empresas de construção civil

Fonte: Caixa

QUEDAS

O BB foi o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril, com o lançamento do programa BomPraTodos. No dia seguinte (5 de abril) foi a vez da Caixa Econômica Federal.

O HSBC foi o primeiro banco privado a anunciar queda nas taxas, no dia 12. O Santander reduziu os juros para micro e pequenas empresas na última terça-feira. Ontem (18), Bradesco e Itaú, os maiores bancos privados do país, também anunciaram medidas semelhantes. O Santander também reduziu ontem as cobranças para pessoas físicas.

A Caixa também lançou um programa de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou hoje que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.

ESTÍMULO A ECONOMIA

O movimento de redução das taxas nos bancos públicos atende ao chamado da presidente Dilma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas prioridades. A iniciativa é uma forma de acirrar a concorrência com os bancos privados, que também anunciaram cortes após o BB e a Caixa, e estimular a economia para garantir um crescimento próximo a 4% neste ano.

A Caixa Econômica Federal informou ontem que também registrou um crescimento no volume de concessões de crédito. Os financiamentos voltados para pessoa física alcançaram R$ 518 milhões nos cinco primeiros dias de vigência do programa, que foi chamado de Melhor Crédito. A cifra representa um avanço de 17% na comparação com a semana anterior ao lançamento.

A base de clientes pessoa física cresceu 11%, de acordo com o banco. Houve aumento também nas concessões para empresas, com um volume 9% superior ao registrado na semana anterior ao início do programa.


SERAFIM TERÁ DIFICULDADES PARA APROVAR IPTU MAIOR


Vereadores mostram-se pouco dispostos a votar aumento em ano eleitoral
Thiago Ferrari (PTB) afirma que ônus não pode recair sobre a Câmara

O prefeito Pedro Serafim (PDT) terá dificuldades para aprovar a revisão do valor venal de 300 mil Imóveis em Campinas. Vereadores ouvidos pelo TodoDia demonstram-se pouco dispostos a votar, em ano eleitoral, uma proposta que terá como consequência o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O presidente do Legislativo, Thiago Ferrari (PTB), diz que “esse ônus não pode recair sobre a Câmara”.

“Não posso opiniar sobre o que vai ser proposto porque ainda não conheço o projeto, mas é preciso discutir os critérios e não utilizar isso de forma leviana”, afirmou Ferrari.

O cálculo do valor venal começa a ser realizado ainda neste semestre, conforme revelou o TodoDia ontem. Anteontem, o secretário-chefe de Gabinete, Alcides Mamizuka, explicou que o valor venal em Campinas não é atualizado há cerca de dez anos e representa apenas 30% do preço de mercado dos imóveis. É sobre o valor venal que o IPTU incide.

Uma comissão formada por funcionários da prefeitura, corretores de imóveis, empresários, comerciantes e moradores será encarregada de fazer o cálculo. Depois de revisados, os valores serão enviados à Câmara em forma de projeto de lei.

O projeto faz parte do “choque de gestão” anunciado nesta semana pelo governo Serafim, que tem como objetivo sanear as contas públicas e recuperar o equilíbrio fiscal. O novo cálculo do IPTU passaria a vigorar a partir de 2013.

O vereador e ex-presidente da Câmara Tadeu Marcos (PTB) diz que a proposta vai ser tema de um longo debate na Casa. “Acredito que quando esse projeto chegar, deve demandar um tempo não muito curto de discussão.”

Tadeu, que compõe a base aliada, elogia o “choque de gestão”, mas faz uma ressalva. “É preciso ter cuidado para que essa ação não se transforme em volúpia tributária. A revisão do valor venal deve considerar as distorções de todos os lados, não apenas sobre imóveis subavaliados.”

Tadeu cita como exemplo imóveis localizados em bairros sem qualquer infraestrutura, mas que estão supervalorizados. “O cidadão até brinca que, se a prefeitura pagar o valor venal que está estipulado, vende na hora”.

Para o líder da bancada do PP, Rafa Zimbaldi, esse não é o momento de revisar o valor venal. “A população não pode pagar pela corrupção que ocorreu na prefeitura. Cidades vizinhas a Campinas têm valores bem menores de IPTU”, considerou.

Dário Saadi (PMDB) afirma que “o momento político” não permite aumento de IPTU. “A cidade acaba de sair de uma crise institucional e um aumento de imposto não traria de volta a credibilidade desejada”.

Para o vereador Artur Orsi (PSDB), não há como emitir juízo de valor porque o projeto ainda não foi apresentado à Câmara. “Mas obviamente, do ponto de vista político, não é bom aumentar imposto.” Orsi afirma querer analisar com critério o que for apresentado e, desde que haja justificativa técnica, aprovar.

Na opinião do vereador Josias Lech (PT), vice-presidente da Casa, aumento de imposto “é sempre complicado”. “É preciso ter criatividade para aumentar a arrecadação e não simplesmente jogar isso para a sociedade.”

O líder do PMDB e aliado de primeira hora do governo Serafim, Sebastião dos Santos, desconversa sobre o projeto. “Ainda não tive conhecimento disso, mas tenho certeza que nada será feito para desequilibrar o Orçamento e prejudicar o cidadão.”

JANELÃO AJUDA A REINVENTAR A VIDA NO INTERIOR DA CASA


Luz natural e contato com o exterior se sobrepõem à falta de privacidade

Grandes janelas retomam um ponto de vista modernista que fez investigações sobre conforto ambiental

O arquiteto Michel Gorski em seu apartamento em Pinheiros, na zona oeste de SP

Nada vale a pena se a janela é pequena. Com essa prosaica paródia de um verso do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), o arquiteto Michel Gorski faz reviver um antigo dogma da arquitetura internacional: janela boa é janela grande.

Em 1990, o sócio do escritório Barbieri & Gorski Arquitetos aplicou esse lema ao projeto do edifício onde mora, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Exatamente no momento em que janelões pareciam ter perdido força no mercado, ele desenhou apartamentos em que, na sala e nos quartos, as vidraças iam do chão ao teto.

Vinte anos depois, a teimosia de alguns arquitetos que jogam no mesmo time de Gorski trouxe esse fetiche de volta à cidade. Não são mais apenas apartamentos antigos de Higienópolis e dos Jardins que oferecem vista farta.

Prédios com assinaturas ferozes -o novo 360º, na Lapa, projetado por Isay Weinfeld, é um exemplo- e mesmo empreendimentos seriais de grandes incorporadoras, como a Tecnisa, investem hoje nos bons e velhos janelões.

Retomam, portanto, um ponto de vista de arquitetos modernistas, como Vilanova Artigas (1915-1985), que não poupou vidros no projeto para a fachada do edifício Louveira (1946), em Higienópolis. Modelo para uma geração que lapidou investigações sobre conforto ambiental, esse prédio ficou conhecido pela integração entre os apartamentos e a praça Vilaboim.

Gorski acha que não há uma boa explicação para a negação desse passado. "Agora a situação parece ter melhorado, mas as janelas estavam perdendo espaço, o que contraria a consciência de preservação do ambiente que existia entre os arquitetos modernistas."

ENERGIA E PRIVACIDADE

Ele se refere à relação entre consumo de energia e tamanho das janelas. A equação é óbvia: quanto mais luz natural, menos necessidade o morador tem de usar luz artificial. "Em alguns apartamentos, mesmo durante o dia, é preciso acender a lâmpada para ler", diz. Os neoclássicos, aponta o arquiteto, propagaram erros do gênero.

O contato com o exterior também pode reinventar a vida dentro de um apartamento. O administrador de empresas Carlos Sotelo, 47, comprou, em 2007, uma unidade antiga de frente para avenida 9 de Julho.

Boa parte de sua escolha, ele diz, foi determinada pelo tamanho da janela, que tem quase 10 metros de extensão. "A vista é linda, dá para ver a parte de trás do Masp [Museu de Arte de São Paulo]."

Ele criou o hábito de fazer refeições próximo à janela, ou de sentar-se ali para descansar. Quando quer escurecer a sala, utiliza um blecaute que, em conjunto com as cortinas, custou R$ 5.000.

A preservação da privacidade acaba sendo o outro lado da questão.

Em uma comparação com os moradores de Brasília, o paulistano ainda tem resistência ao contato tão direto com o ambiente externo, afirma Patrícia Valadares, diretora de projetos da Tecnisa. "Lá, ninguém vê problema em comprar um apartamento com janelão. Aqui, as pessoas ainda se preocupam em ter algo que possa escurecer ou isolar o ambiente", diz.

Essa percepção do mercado, diz Patrícia, consolidada principalmente por meio de conversas com clientes, acaba provocando mudanças nos padrões arquitetônicos da cidade.

A principal delas explica por que em São Paulo, principalmente, os janelões cederam lugar às varandas. "Nos anos 1980 e 1990, as varandas eram tímidas. Hoje, muitos apartamentos são projetados a partir e/ou em torno delas", diz Patrícia.

AS 9 CARACTERÍSTICAS DOS CORRETORES DE IMÓVEIS SUCESSO


As pessoas mais bem sucedidas na corretagem e em qualquer ramo de negócios aprenderam como lidar com os obstáculos que se apresentam em seu caminho, 

Abaixo algumas caracteristicas que definem um corretor de sucesso. 

1. Bons corretores sabem definir objetivos.

Bons corretores sabem o que querem e como planejar para alcançar seu objetivo. Eles definem os objetivos de uma forma específica, motivadora, viável embora desafiante. Eles visualizam o objetivo, determinam como será alcançado e executam ações diariamente para alcança-los.

2. Bons corretores sabem fazer as perguntas-chaves

Os melhores corretores fazem várias perguntas aos seus clientes para determinar sua situação atual e suas necessidades. Eles sabem que a melhor forma de apresentar seus produtos ou serviços é descobrir os objetivos, necessidades e sonhos dos seus clientes. Isto permite que efetivamente discutam as características e benefícios do produto ou serviço que melhor se adaptam ao cliente.

3. Bons corretores sabem ouvir

A maior parte dos corretores faz uma pergunta e depois eles mesmos respondem a pergunta ou continuam a falar em vez de esperar uma resposta do cliente. Os bons vendedores sabem que seus clientes informarão tudo que necessitam se tiverem a oportunidade de falar. Sabem fazer perguntas e ouvir as respostas com bastante atenção e até tomar nota das respostas e resumi-las posteriormente. Eles sabem que o silencio é de ouro.

4. Bons corretores são apaixonados pelo que fazem.

Quanto mais entusiasta for em relação à sua carreira, maiores serão as chances de sucesso pois quando se ama o que está se fazendo mais esforço colocamos neste trabalho. Quando somos entusiastas sobre o que fazemos este entusiasmo brilhará em cada conversa que terá. 

5. Corretores bem sucedidos são entusiastas

Bons corretores tem sempre uma atitude positiva e seu entusiasmo é contagiante, mesmo durante períodos difíceis. Eles raramente falam negativamente sobre seu negócio. Quando enfrentam situações negativas ou ruins eles focalizam em pontos positivos.

6. Bons corretores trabalham muito e melhor

Os bons corretores estão sempre preparados para trabalhar muito para conseguir alcançar seus objetivos. Os grandes corretores procuram negócios e não esperam que os negócios venham até eles.contatam mais clientes em potencial e utilizam varios meios de comunicação para divulgar seus negócios.

7. Bons corretores buscam parcerias.

Bons corretores aumentam  suas possibilidades de negócios buscando parcerias com outros profissionais, e com isso ganham tempo gerando outros negócios e dinheiro diminuindo os custos de divulgação.
Com o aumento de corretores eimobiliárias ultilizando as redes socias esta cada vez mais facil buscar parcerias. Veja exemplo abaixo.

Facebook – Grupo Marketing e Publicidade Imobiliária.

Neste grupo corretores de todo brasil buscam e divulgam seus imóveis alem de encontrar imóveis para seus clientes e clientes para seus imóveis.


8. Bons corretores estão sempre em contato com seus clientes.

Eles sabem que o contato constante ajuda a manter os clientes. Assim, usam vários artifícios para sempre estar em contato com os clientes. Enviam mensagens de agradecimentos, de aniversário etc. Telefonam e programam cafés da manhã, almoços etc. Enviam artigos importantes para seus clientes e, também, boletins informativos (newsletters). Estão sempre procurando novas formas de manter seu nome e o da sua empresa na mente de seus clientes. 

9. Bons corretores sabem a importância de divulgar seus imóveis e serviços.

Um bom corretor sempre ultiliza varios meios para divulgar seus imóveis e serviços seja por placas, jornais folhetos e internet, um bom corretor sempre mantem seu site atualizado com varios imóveis bem apresentados com fotos e detalhes do imóvel e um link de contato caso o cliente queira mais informações.




APROVAÇÃO DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO PODE DEMORAR ATÉ UM ANO


Burocracia para entrega de documentos é um dos itens que atrasam a liberação de crédito para a compra da casa própria

O boom do crédito imobiliário tornou a compra da casa própria acessível a milhões de brasileiros, mas a aprovação do financiamentos continua demorada. Houve melhora nos últimos anos, como a redução da média de documentos exigidos do comprador, vendedor e imóvel de 52 para 14, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Contudo, em casos extremos, entre o pedido e a aprovação do crédito o consumidor pode esperar até um ano.

Há vários problemas no processo de contratação do crédito por parte dos órgãos públicos, dos bancos e dos mutuários. Na esfera pública, a barreira é falta de integração de órgãos expedidores dos documentos. "Para mostrar que o vendedor não tem dívidas são três cartórios - o de protesto, da Justiça Federal e de distribuição cível. Não há um órgão centralizador das certidões negativas ou dos impostos", diz o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior.

Outro problema é a falta de digitalização dos documentos. Até julho de 2014, os cartórios de registro de imóveis terão de ter sistema eletrônico, com certidões disponíveis pela internet, uniformização dos dados e compartilhamento com outros órgãos.

Nesse sentido, os bancos já estão mais avançados, dizem especialistas. Atualmente, muitos documentos são aceitos pela internet e, em algumas instituições, o contratante pode acompanhar o andamento do crédito online, o que permite perceber rapidamente se há algum entrave. "Antigamente quem não tinha renda formal ou Imposto de Renda não conseguia crédito. Hoje é aceito extrato bancário como comprovação", diz o diretor do Creci-SP, Gilberto Yoghi.

Para tornar a aprovação mais rápida, os bancos investem em tecnologia e gestão de processos. "Recentemente conseguimos aprovação em seis dias. Se toda a documentação estiver correta, creio que a média de tempo seja de 15 dias", diz o superintendente executivo de Crédito Imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges. O Banco do Brasil informa que foca em parcerias com construtoras para tentar obter proativamente a documentação do vendedor e do imóvel.

Muitas exigências. Apesar de o mercado reconhecer o avanço dos bancos, a lista de documentos cobrados ainda é considerada grande. "Não faz sentido o financiamento de automóveis, onde o risco de roubo e deterioração é maior, demorar cinco dias e o imobiliário, pelo menos 30", afirma o vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Flavio Prando.

No passado, a alienação fiduciária - que dá ao credor a posse do imóvel até o fim do pagamento - tornou o crédito menos arriscado aos bancos. Com isso, reduziu o nível de garantia exigida. Para Prando, contudo, ainda há espaço para desburocratização.

No caso dos compradores o principal problema está na entrega do dossiê do processo. "É importante entregar a documentação completa para não haver repetição das etapas. A cada exigência nova a pessoa vai gastar de dez a 15 dias", diz Yoghi.

Para ajudar mutuários no processo há os correspondentes bancários, pessoas jurídicas indicadas pelos bancos que recolhem documentos e auxiliam na abertura do crédito. Também há empresas especializadas em assessorar o financiamento. "Essas empresas praticamente não existiam antes do boom imobiliário", diz o criador da consultoria Canal do Crédito, Marcelo Prata. "O serviço pode ir desde uma pesquisa de mercado entre os diversos produtos disponíveis até a orientação dos documentos necessários, verificação do dossiê e preenchimento de formulários", diz o fundador da FinanciarCasa, Raphael Rottgen. O serviço é gratuito em muitas empresas, como na FinanciarCasa e no Canal do Crédito e pode variar de R$ 500 a R$ 1 mil nas empresas em que o serviço é pago.

Outra dificuldade é com o programa Minha Casa, Minha Vida. É preciso reunir um grupo de pessoas que vão financiar os apartamentos. O financiamento com o banco já começa no início da obra. O problema é que cada mutuário é avaliado em um momento. Só quando a construtora reúne o número mínimo exigido, que pode ser 60, 100, 150 famílias, é marcado um dia para que todas compareçam e assinem o contrato.

VAI COMPRAR UM TERRENO?

Boa escolha evita problemas na hora da construção e permite aproveitar melhor o espaço.

O melhor terreno para a construção é, sem dúvida, o plano. Isso porque ele não exige que se mexa na terra. Até por isso ele é caro. Mas os demais formatos também têm suas vantagens - Paulo Roberto Quevedo Andrade, engenheiro civil.

Um terreno abriga o sonho de um imóvel. É ele também que, dentro de suas características, determina o traçado do projeto, a arquitetura e suas possibilidades. Todo geografia tem suas vantagens e desvantagens. Mas é preciso estudar o local desejado antes mesmo de comprá-lo; isso evitará problemas com a obra, como despejo do esgoto, gastos extras com terraplanagem, e, por fim, ajudará a aproveitar melhor o que o local oferece.

O engenheiro civil Paulo Roberto Quevedo Andrade garante que na construção civil, "tudo é possível", ou seja, qualquer tipo de terreno pode ser utilizado. Mas ele também admite que há dicas determinantes para aproveitar melhor um espaço e não se arrepender do negócio. "O melhor terreno para a construção é, sem dúvida, o plano. Isso porque ele não exige que se mexa na terra. Até por isso ele é caro. Mas os demais formatos também têm suas vantagens", afirma.

Porém, espaços com pedras devem ser evitados, a não ser que o local seja amplo. "Num terreno de mil metros quadrados, uma pedra poderá ser aproveitada num jardim de inverno, por exemplo. Mas num espaço de 5 x 20 metros, a existência de uma pedra só encarecerá a obra. Dependendo do tamanho, será preciso contratar uma empresa para retirá-la", avisa. Além disso, terreno próximo de riachos, rios e córregos podem determinar prejuízos no futuro.

"Sorocaba já é uma cidade grande, cresceu muito nos últimos anos. As ruas estão asfaltadas e não há muito espaço aberto para a permeabilização da água da chuva. O que acontece? Ela corre para locais baixos, como rios e córregos. Risco para quem constrói próximo", observa. Os chamados terrenos de aterro também devem ser evitados. Segundo Andrade, são "sobras" de loteamento, com inclinações variadas e que são nivelados às custas de entulho e lixo.

"Muita gente, infelizmente, faz a "terraplanagem" com entulho. Joga o lixo, coloca terra e acerta um pouco o terreno para vendê-lo. Isso não é legal e só traz problemas ao proprietário. Se ao perfurar o terreno o lixo for descoberto, será preciso limpá-lo totalmente e depois colocar terra para nivelar o espaço. Isso encarece muito a obra. Mas para evitar, só chamando um profissional para analisar o local". Segundo o engenheiro, há alguns tipos de terreno em que somente especialistas são capazes de ajudar.

"Em espaços úmidos, por exemplo, é preciso descobrir qual a origem da água. Se for no subsolo, será preciso canalizá-la. Há várias empresas no mercado que auxiliam neste estudo", fala. E antes de comprar o terreno, aconselha, é preciso também averiguar a posição do sol, observando onde ele nasce e onde ele se põe. "O ideal é que o dia comece nos quartos e termine na cozinha ou sala - onde tomam mais sol durante o dia. Estes locais que tomam sol à tarde ficam mais quentes à noite e impossibilitam um sono tranquilo".

Por conta disso, ele aconselha os interessados em comprar um terreno a procurar um engenheiro. "Este profissional ajudará a pessoa a escolher um espaço bacana, dentro do que ela deseja, vendo se o solo é regular, se há espaço para circulação de ar, aproveitamento da luz natural", afirma.

RESIDENCIAIS DE LUXO RETORNAM AO FOCO DO MERCADO EM 2012

SÃO PAULO - Depois de desacelerar um pouco no segundo semestre de 2011, os imóveis de luxo voltam às pautas das imobiliárias do País. Com projetos de construção de imóveis para a classe AAA, o ano deverá presenciar um salto das imobiliárias que pode chegar a 15%.

Exemplo disso, a Judice & Araújo, especializada no segmento e representante da Christie's International Real Estate no Brasil. A empresa já prevê expansão de 70% em 2012. "Crescemos 150% no primeiro semestre de 2011. Em agosto, o mercado parou. Houve, inclusive, leve redução de preços de imóveis. Fechamos o ano com alta de 58%", conta o diretor Frederico Judice.

O executivo, que tem como foco o mercado no Rio de Janeiro afirma ainda que o ano começou com bons números para o segmento de luxo no País. "Começamos 2012 com margem de negociação melhor. Cerca de R$ 21 mil por metro quadrado no Leblon, e R$ 14 mil na Barra", conta Judice.

No Ceará, a imobiliária Franco Italian conta que a procura já está mais aquecida neste semestre. "No último semestre do ano passado estávamos convivendo com as últimas reações no País da crise mundial, muitos compradores escolheram esperar para comprar imóveis de mais de R$ 5 milhões", afirma.

"Este ano", detalha o executivo, "já registramos alta de 15% na procura por imóveis e 5% em negócios fechados". A Franco Italian espera fechar o ano com alta de 10% em negócios concluídos. "Falamos de imóveis a cima de R$ 4 milhões, por isso é um mercado mais seletivo", complementa.

De acordo com a consultoria Luxure Institute este ano deve haver um incremento na casa dos US$ 26 bilhões em compras de alto padrão, divididos em imóveis, tecnologia e bens de consumo. "Esse valor irá respingar na construção uma vez que as incorporadoras começarão a projetar empreendimentos com este enfoque", diz Clara Rennegh, consultora de imóveis da Construpar, em Belo Horizonte (MG)

Desaceleração nos preços

Outra vantagem para as imobiliárias este ano é uma leve redução dos preços dos imóveis deste padrão.

Só o Rio de Janeiro viu os preços de imóveis de luxo inflarem mais de 200% este ano, mas os preços voltam a congelar em 2012. "Os preços tendem a se estabilizar, mas não vão descer de patamar", explica a vice-presidente-financeira do Secovi-RJ, Maria Teresa Mendonça.

Ela explica que a forte alta da última década (quando os preços de imóveis residenciais e comerciais chegaram a subir 400% e 700%) se deveu à inércia do setor nos anos anteriores. "O mercado imobiliário ficou parado cerca de 20 ano anos até a retomada do crescimento", diz.

Descentralização

Além do Rio de Janeiro e São Paulo, tradicionais players para residências de alto padrão, o nordeste começa a despontar como boa opção de investimento. Exemplo disso é a empresa In's no Brasil. O grupo, que em 2010 tornou-se afiliado da Christie's Great Estates e vem registrando crescimento médio de 25% ao ano, nos últimos três anos.

Com escritório em Fortaleza, Francisco Próspero, diretor-executivo do grupo, afirma que boa parte da procura por imóveis desse perfil na região é feito por europeus que já respondem por 60% dos negócios da empresa.

"Com o crescimento da economia no Brasil, as pessoas aqui estão com uma maior capacidade financeira, ao contrário do que ocorre na Europa, dado o contexto internacional da economia."

O executivo conta ainda que os compradores vêm das grandes capitais brasileiras também. "São compradores do nordeste, de São Paulo, Brasília, Pará, pessoas que compram como uma segunda residência para passar férias ou como um investimento."

Atualmente a empresa conta com mais de 250 imóveis neste perfil nos Estados do Ceará, Maranhão, Piauí e Pará. "São coberturas com piscina nas capitais, apartamentos de mil metros quadrados em condomínios de luxo com vista para o mar, casas de praia, fazendas de recreio com cavalos e lagos", exemplifica.

Quem também aproveita o mercado para crescer é a Lafem Engenharia, que cresceu 78% em 2011 apoiada em construções de luxo.

Só a Prime Lafem, braço da construtora direcionado para construção residencial de luxo, deve alcançar um volume de contratos de R$ 20 milhões em 2012, mais que o dobro dos R$ 9 milhões alcançados no ano passado. A meta em 2012 é manter o mesmo ritmo de crescimento e alcançar um volume de contratos na ordem de R$ 220 milhões. "Nossa meta é atuarmos em diversos segmentos, tais como: construções novas e retrofits de prédios corporativos, obras industriais, construção de hotéis e shoppings, que estão em ritmo acelerado no Rio de Janeiro", diz o diretor da Lafem Engenharia, Paulo Renato Paquet.

Em 2011 a empresa realizou quatro obras nesse perfil.

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