“Com o teto passando de R$ 500 mil a R$ 650 mil temos um alinhamento à realidade de nossos preços, porque nos últimos anos tivemos valorização imobiliária e também aumentos de ganhos salariais; é preciso adequar esses valores”. Eli acredita que já neste fim de ano os negócios devem sentir os efeitos da medida e de forma mais intensa no início do próximo. “Estamos contemplando uma faixa de compradores que estava de fora porque não podia usar o FGTS”. Sobre os preços de imóveis, não acredita que haja aumento de valores em virtude desta nova demanda, uma vez que imóveis acima de valor de mercado não têm vazão. “Por isso é importante a assessoria de um corretor de imóveis para quem está construindo porque é o profissional que pode orientar quanto à formação de preço. E da mesma forma também pode assessorar quem está comprando seu imóvel”.
Regras – A medida do CMN entrou em vigor no dia 1º de outubro e só vale para novos financiamentos. De acordo com o chefe adjunto de Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), Júlio César Carneiro, o limite foi elevado para corrigir a inflação acumulada no período, que variava de 22% a 29% dependendo do índice. No caso dos materiais de construção, o aumento de preços foi ainda maior. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) acumula alta de 36,43%.
Além disso, ressaltou o técnico do BC, as empresas de construção civil e as próprias instituições financeiras pediam o reajuste do limite há pelo menos dois anos. “Os bancos reclamavam que o valor estava baixo demais para financiar unidades habitacionais”, explicou.